
Bruxelas viveu nesta quinta-feira uma das maiores mobilizações do ano no campo agrícola, com milhares de produtores europeus reunidos para protestar contra o acordo entre a União Europeia e o Mercosul. Centenas de tratores ocuparam vias próximas ao Parlamento Europeu, em meio à última cúpula de 2025 da UE realizada na capital belga.
Imagens registradas por agências de imprensa mostraram pneus em chamas e itens arremessados contra a polícia, em uma área próxima ao Parlamento. Os produtores afirmam que o tratado pode abrir as portas para importações que competem diretamente com produtos europeus, impactando setores como carne bovina, aves, açúcar e soja.
Os organizadores ressaltam que as regras do acordo não oferecem salvaguardas suficientes para produtores nacionais, o que, segundo eles, pode deteriorar rendimentos, empregos e a viabilidade de pequenas e médias propriedades agrícolas.
O que está em jogo no acordo UE-Mercosul
O acordo em negociação prevê redução de tarifas e maior acesso a mercados entre a União Europeia e o Mercosul. Críticos defendem que a abertura comercial pode favorecer importações de produtos agrícolas de menor custo, aumentando a concorrência com a produção europeia.
Reação de autoridades e próximos passos
A cúpula da UE, reunida hoje, discute políticas agrícolas e estratégias para o comércio externo. Autoridades ressaltam a importância do diálogo com o Mercosul e indicam que o tema segue em agenda, com possibilidade de ajustes para atender às preocupações dos produtores.
Contexto histórico e perspectivas
Negociações UE-Mercosul são longas e complexas, com histórico de resistências de produtores que pedem salvaguardas ambientais, sociais e econômicas. O debate permanece aberto, refletindo o delicado equilíbrio entre abertura econômica e proteção de setores agrícolas sensíveis.





