Na manhã deste sábado (30), o professor de jiu-jítsu Alcenor Alves Soeiro, de 56 anos, chegou em Manaus. O suspeito foi preso em Balneário Camboriú, enquanto participava de um campeonato com os seus alunos. A prisão foi uma ação conjunta entre a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), e a Polícia Civil de Santa Catarina (PC-SC), deflagrada como a Operação Armlock.
Alcenor foi preso na segunda-feira (25), por estupro de vulnerável e favorecimento sexual. “As investigações apontam que ele teria abusado de meninos que são campeões mundiais de jiu-jítsu e os teria explorado sexualmente, oferecendo presentes e favores, comprando kimono, mediando passagens e estadias para disputa de campeonatos”, contou a delegada Deborah Ponce de Leão, adjunta da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).
Em um relato comovente divulgado nas redes sociais, um atleta mundial de 23 anos, quebrou o silêncio e revelou ter sido vítima de abuso sexual durante a infância. Ele descreveu como foi manipulado e violentado por Alcenor Alves, entre os 10 e 14 anos, enquanto participava de competições esportivas.
“Eu e outros amiguinhos apenas tínhamos um sonho de ser campeões mundiais, mas todos nós éramos manipulados e tínhamos que lidar com isso. Todas as vezes que eu viajava para competir com ele e outras crianças, ele sempre dava banho em todos nós e no final da noite mandava a gente tomar melatonina pra dormir bem e no outro dia acordávamos com pênis dolorido, sem saber o que tinha acontecido”, contou o atleta, dizendo que nunca nenhuma vítima teve coragem de denunciar.
Confira os relatos completos: Atleta amazonense quebra o silêncio e detalha os crimes de Alcenor Alves: ‘Acordávamos com o pênis dolorido’
Vídeo: Polícia Civil do Amazonas