
A Prefeitura de Manaus divulgou um dado que chama atenção: no último mês de junho, o número de assaltos a ônibus na capital caiu 1.000% em comparação com o mesmo mês de 2021. Naquele ano, o início da gestão do prefeito David Almeida registrava 130 ocorrências em junho; já em 2024, foram 13 casos, segundo o Sinetram (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Amazonas).
A gestão municipal atribui essa queda a um conjunto de medidas de segurança implementadas desde 2021: instalação de câmeras em 100% da frota, uso de biometria facial, redução do pagamento em dinheiro (de 32% para 12% das passagens), além da atuação da Ronda Ostensiva Municipal (Romu) e da presença da Guarda Municipal em terminais de integração.
Medidas que ajudaram a reduzir os números
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Câmeras de segurança em todos os ônibus e terminais
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Sistema de biometria facial para identificar usuários
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Redução de dinheiro em espécie com o uso de cartões
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Patrulhamento da Romu nas linhas com mais ocorrências
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Presença de guardas municipais nos terminais
População ainda teme assaltos
Apesar da queda registrada nos dados oficiais, muitos passageiros seguem desconfiados. Usuários do transporte coletivo relatam que a sensação de insegurança permanece em várias linhas, especialmente nos horários de pico.
Nas redes sociais, relatos de assaltos, roubos de celulares e ameaças dentro dos ônibus ainda são comuns. Para muitos trabalhadores e estudantes, entrar no ônibus continua sendo motivo de medo.
Há quem questione a estatística oficial, lembrando que nem todos os casos são denunciados ou registrados formalmente. Para essas pessoas, a redução dos números divulgados não corresponde, na prática, à realidade que enfrentam diariamente.
O desafio de tornar o transporte realmente seguro
Embora a Prefeitura comemore o resultado e destaque o reforço com tecnologia e policiamento, o desafio de garantir segurança total para quem depende do transporte coletivo ainda é grande.
Para quem usa ônibus todos os dias, o alívio virá quando a tranquilidade no embarque e no trajeto for sentida de forma real — sem medo de perder o celular ou a bolsa para assaltantes, nem de passar por momentos de violência dentro dos coletivos.