O prefeito de Manaus, David Almeida, anunciou que vai decretar estado de emergência na capital, nesta quarta-feira (11), devido à estiagem do rio Negro que afeta a cidade. Com a medida, o tempo para o município receber os recursos e auxílios do governo federal, que ajudarão a minimizar e combater os efeitos da seca, é reduzido significativamente.
A ação foi anunciada pelo prefeito, acompanhado do vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, durante inspeção ao complexo de produção de água da Ponta do Ismael, zona Oeste, na manhã desta terça-feira (10), como mais uma movimentação de prevenção à estiagem em Manaus. Para este ano, o planejamento da prefeitura e da empresa garante o abastecimento pleno na cidade, mesmo que a estiagem avance 25% em relação ao ano passado.
Segundo o chefe do Executivo municipal, o abastecimento de água para a população da cidade está totalmente assegurado por meio de uma série de medidas e providências que a Águas de Manaus adotou por meio do seu plano de ação.
“A concessionária está trabalhando com o rebaixamento das bombas para que a distribuição de água na cidade não seja prejudicada. Bombas e equipamentos foram comprados para fazer o abastecimento e estão preparados para uma cota de 10 metros do rio, caso isso ocorra”, disse Almeida.
Ainda de acordo com o prefeito, a concessionária adquiriu balsas para irem até o leito do rio para captar, tratar e distribuir a água. A Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman) também participa do processo, que envolve mais de 30 profissionais dedicados exclusivamente para garantir o pleno funcionamento do sistema de água durante a estiagem.
O vice-governador Tadeu de Souza disse que, por razões geográficas, Manaus é impactada pelo volume de água, tanto do rio Negro quanto do rio Solimões. “Manaus fica no interfluxo entre os rios Solimões e Negro, funcionando como uma barreira de contenção. Como o processo de estiagem se antecipou, nós esperamos que a finalização dele também se antecipe”, afirmou.