Turilândia, município da Baixada Maranhense, enfrenta um desfecho que reverbera no cotidiano da cidade: o prefeito Paulo Curió foi recolhido à prisão preventiva no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, durante desdobramentos de uma investigação sobre uso irregular de recursos públicos. Também foram alvo de ação a primeira-dama Eva Curió, a ex-vice-prefeita Janaina Soares Lima, o marido dela Marlon de Jesus Arouche Serrão e o contador da prefeitura, Wandson Jhonathan Barros. Ao todo, o grupo está envolvido ao lado de 20 vereadores e de um ex-vereador, em apuração que aponta desvio de recursos superiores a 56 milhões de reais.
A operação e o que chamou a atenção
A operação Tantalo II, executada pelo Gaeco do Ministério Público do Maranhão, resultou em 51 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de prisão. Em uma ação na capital, foram apreendidos quase 2 milhões de reais. Os trabalhos apontam para um esquema que envolve execução de contratos públicos irregulares, com impactos diretos no erário e na confiança da população na gestão municipal.
Quem está no alvo e o que se investiga
Entre os investigados estão o prefeito Paulo Curió, a primeira-dama Eva Curió, a ex-vice-prefeita Janaina Soares Lima, o marido dela, Marlon Arouche Serrão, e o contador Wandson Jhonathan Barros. Além deles, a força-tarefa vê participação de 20 vereadores com mandados de prisão em aberto que se apresentaram na Unidade Prisional de Pinheiro para instalação de tornozeleiras eletrônicas. As investigações apontam crimes de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais, com o fluxo de recursos desviados supostamente repassado por meio de empresas ligadas ao município.
As empresas envolvidas, segundo o Ministério Público, incluem Posto Turi, SP Freitas Júnior LTDA, Luminer e Serviços LTDA, MR Costa LTDA, AB Ferreira LTDA, Climatech Refrigeração e Serviços Ltda, JEC Empreendimentos, Potencial Empreendimentos e Cia Ltda, WJ Barros Contabilidade Contábil e Agromais Pecuária e Piscicultura LTDA, entre outras pessoas físicas e jurídicas ligadas ao setor público local.
Impactos para Turilândia
O episódio interrompe a rotina administrativa e provoca abalo na confiança do cidadão na atuação dos agentes públicos. O afastamento de altas autoridades e a presença de tornozeleiras para outros investigados ampliam a cobrança por transparência, controle de gastos e responsabilidade na gestão do recurso público. A cidade aguarda novas etapas da apuração, com possível desdobramento de medidas judiciais adicionais e desfechos processuais para os envolvidos.
Próximos passos e desdobramentos
As investigações continuam, com novas fases do Ministério Público e do Gaeco acompanhando o andamento do processo. Decisões judiciais sobre prisões, eventual cumprimento de novas medidas cautelares e o andamento de processos administrativos devem moldar o cenário político local nos próximos meses. A comunidade espera apuração célere e responsabilização definitiva dos responsáveis pelos desmandos.
Com informações da Agência Brasil.
