O aumento percentual de quase 70% no número de óbitos por Covid-19 de pessoas na faixa etária entre 50 e 59 anos, contabilizados pelos Cartórios de Registro Civil do Amazonas no mês de abril, após a explosão da segunda conda do novo coronavírus no Amazonas, é claro em apontar que a vacinação em massa de sua população é o melhor caminho para a crise de saúde pública causada pelo novo coronavírus.
Ainda aguardando o cronograma de vacinação para suas idades no Amazonas, a população mais jovem viu crescer os números absolutos e percentuais de óbitos no último mês. Em Manaus, onde se concentra mais da metade da população do estado, o processo de imunização já contemplou idosos a partir dos 60 anos e, atualmente, atende pessoas de 18 a 59 anos, porém, somente aquelas com comorbidades.
Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil
(http://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.
“Mês a mês temos feito o levantamento desses dados disponibilizados pela Arpen Brasil, para analisarmos como está o cenário atual no Amazonas. Podemos perceber que cada passo dado pelo Plano de Imunização impacta, de alguma forma, na saúde pública do estado e não seria diferente, dessa vez, onde observa-se que a vacinação é a ferramenta mais oportuna para superarmos esse momento”, disse o presidente da Associação dos Notários e Registradores do Amazonas (Anoreg/AM), Marcelo Lima Filho.
No Amazonas, a faixa etária que registrou o maior percentual de aumento em relação à média desde o início da pandemia foi a da população entre 50 e 59 anos, com crescimento percentual de 68% no número de óbitos em abril na comparação com a média do período que vai de março de 2020 a março de 2021. Os números absolutos de falecimentos desta faixa etária foram de 120 em março e 80 em abril, mostrando que, apesar do aumento percentual nessas idades, a segunda onda da doença de fato vem perdendo a força no estado.
Na sequencia, a faixa etária que vai dos 40 aos 49 anos viu o aumento do número de óbitos crescer 11% em relação à média para esta faixa etária desde o início da pandemia. Foram 77 óbitos em março e 46 em abril. Outra faixa etária que ainda registrou certo crescimento nos óbitos foi a de pessoas entre 60 e 69 anos, com as mortes aumentando 9% em relação à média desde o começo da pandemia, passando de 202 em março para 84 em abril.
Ranking Estadual
Com crescimento percentual de 68% em abril em relação à média para a faixa de pessoas entre 50 e 59 anos, o Amazonas superou o crescimento de óbitos de pessoas nesta idade registrado no Brasil, que teve aumento de 54% em relação à média da pandemia. Nessa faixa etária, o estado nortista ficou atrás somente do Rio Grande do Norte (152%), Pará (105%), Rio Grande do Sul (80%) e Acre (73%).
Quanto aos demais estados, todos registraram aumento de óbitos na faixa entre 40 e 49 anos na comparação com a média desta idade desde o início da pandemia e 15 deles estiveram acima da média nacional. À frente deste ranking está o Rio Grande do Norte, que registrou aumento de 154%, seguido por Santa Catarina, aumento de 118%, Sergipe, crescimento de 101%, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, aumento de 94%. São Paulo e Rio de Janeiro, com 66%, e Distrito Federal, com 58%, também estiveram acima da média nacional.
Já na faixa etária entre 30 e 39 anos, 22 Estados registraram crescimento em abril em relação à média do período, sendo que 12 deles acima da média nacional. Os aumentos foram maiores nos Estados do Mato Grosso do Sul (103%), Goiás (97%), Rio Grande do Norte (94%), Mato Grosso (92%) e Distrito Federal (90%). A lista tem ainda Paraná (75%), São Paulo (73%), Minas Gerais (67%) e Rio de Janeiro (59%).
Na última faixa com crescimento nacional acima de 50%, entre 50 e 59 anos, novamente todos os Estados brasileiros registraram crescimento, sendo 16 deles acima da média nacional. Os maiores aumentos foram nos Estados do Rio Grande do Norte (152%), Pará (105%), Rio Grande do Sul (80%) e Acre (73%). O Paraná registrou aumento de 59%, Distrito Federal, de 58%, São Paulo, de 56%, e Rio de Janeiro de 54% nesta faixa etária.
Com informações da assessoria