“O Brasil voltou a ter futuro. E isso é apenas o começo”, diz Lula

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Brasil voltou a ter futuro. E isso é apenas o começo”. A frase que encerrou o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião ministerial dos 100 primeiros dias de seu mandato deu o tom da mensagem ao povo brasileiro. Mais do que fazer um balanço de três meses de trabalho, o presidente ressaltou que olha para frente. E, ao fazer isso, aponta rumos de investimentos e avanços que devem ser implantados até dia 31 de dezembro de 2026, data que encerra seu mandato.

Sem abrir mão da bandeira do combate à fome e do esforço de buscar proteção social à parcela mais pobre do país, Lula adiantou que o governo está atento à geração de empregos, o que classificou como sua segunda obsessão. Ele afirmou que, de agora em diante, os ministros trabalharão para retomar o desenvolvimento do país.

“Retomamos a capacidade de planejamento de longo prazo. E esse planejamento será traduzido em um grande programa que traz de volta o papel do setor público como indutor de investimentos estratégicos em infraestrutura. Temos mais 1.360 para seguir reconstruindo o país. E já estamos a caminho” disse o presidente, nesta segunda-feira, 10/4, no Palácio do Planalto.

No campo da infraestrutura, haverá seis eixos de atuação: transportes, infraestrutura social, inclusão digital e conectividade, infraestrutura urbana, água para todos e transição energética. Na educação, a inclusão digital e a conectividade chegarão às escolas e ajudarão a reverter atrasos gerados pela Covid-19. “Nossas crianças e jovens vão recuperar o tempo perdido na pandemia. Em conjunto com estados e municípios, desenvolveremos políticas para superar a defasagem no ensino, a evasão e o abandono escolar. A escola de tempo integral, da creche ao ensino médio, ganhará escala. Ampliaremos vagas nas universidades e retomaremos o Programa Nacional de Assistência Estudantil, que assegura a permanência dos estudantes carentes no ensino superior”, enumerou.

O presidente também destacou que investimentos em inclusão digital e conectividade vão ter reflexos na assistência social e na saúde. “Levaremos internet de alta velocidade para equipamentos sociais, a exemplo de postos de saúde, melhorando o acesso dos profissionais e dos usuários a prontuários e exames”, disse. Ainda na saúde, ele anunciou a retomada do Farmácia Popular e a implantação de uma rede de atenção multiprofissional. “Retomaremos o Aqui Tem Farmácia Popular, garantindo medicamentos gratuitos para a população, e implantaremos a rede de atenção médica especializada multiprofissional, perto do usuário que precisa de consultas, exames e cirurgias com menor tempo de espera”, listou.

MEIO AMBIENTE – Outro ponto destacado foi a importância dada ao meio ambiente e ao combate às mudanças climáticas. Nesse sentido, a meta é fazer com que o Brasil se torne um dos principais atores nesse processo de transição mundial rumo à economia verde. “Não perderemos a oportunidade de nos tornarmos uma potência global do hidrogênio verde”, ressaltou Lula.

“O Brasil voltará a ser referência mundial em sustentabilidade e enfrentamento das mudanças climáticas e cumprirá as metas de redução de emissão de carbono e desmatamento zero. O desmatamento será combatido em todos os biomas brasileiros. A mudança para uma economia de baixo carbono será tratada como estratégia de desenvolvimento do país”, continuou.

Na segurança, Lula prometeu agir com firmeza contra o crime organizado e contra a violência contra a mulher, ampliando investimentos em inteligência. “O combate ao crime organizado e às facções criminosas será prioridade. Fortaleceremos as áreas de investigação e inteligência tecnológica das forças policiais e valorizaremos de verdade os profissionais de segurança, usando programas como o Bolsa Formação. Cuidar das pessoas também é garantir sua segurança, em especial daqueles que mais sofrem com a violência. Uniremos estados, municípios e a sociedade civil organizada em um pacto para enfrentar o massacre dos jovens negros e da periferia”, declarou.

As informações são do Governo Federal.