O universo da série deve se expandir, enquanto descobrirmos as motivações que levaram Andrés de Fonollosa a se tornar um ladrão tão habilidoso.
Um dos personagens mais carismáticos de La Casa de Papel, irá ganhar sua série derivada na Netflix. Andrés de Fonollosa, mais conhecido pelo codinome Berlim, terá a sua história contada em uma nova trama que deverá estrear em 2023.
Andrés é brilhantemente interpretado pelo ator Pedro Alonso, e logo nos primeiros episódios da série, acabou conquistando a atenção de grande parte do público.
Ele é o segundo no comando do roubo da Casa da Moeda Real da Espanha, e também participou ativamente do plano de ação utilizado no Banco da Espanha, anos antes de sua morte.
Mesmo não sendo o protagonista da série, a personalidade forte e arrojada do personagem fez com que sua atuação na série sempre fosse muito aclamada pelos fãs.
A Netflix fez o anúncio do spin-off, ao mesmo tempo em que liberou os aguardados episódios finais de La casa de Papel na plataforma:
“O roubo está chegando ao final, mas a história continua”
“Por essa vocês não esperavam, né? Em 2023 vocês já têm compromisso marcado com um dos personagens mais charmosos de La Casa de Papel… Vem aí, minha nova série, Berlim.”
O teaser não traz muitas informações sobre a nova série, mas todos nós sabemos que a vida pregressa de Berlim foi repleta de aventuras, e sua história pode trazer revelações importantes sobre o passado do Professor e de outros personagens.
Dessa forma, o universo da série deve se expandir ainda mais, enquanto descobrirmos as reais motivações que levaram Andrés de Fonollosa e Sérgio Marquina a se tornarem ladrões tão habilidosos ao longo dos anos.
Ao que tudo indica, a nova produção da Netflix também deve contar com a participação do ator Martín Berrote, que interpreta o ladrão Palermo em La Casa de Papel.
De fato, não sabemos muito sobre o início da vida de Berlim, apenas que sua mãe teve uma relação fora do casamento, o que resultou no nascimento de seu meio-irmão, Sergio Marquina, o Professor.
Antes de se juntar à equipe de ladrões da Casa da Moeda Real da Espanha, Andrés ganhava a vida como um ladrão de jóias, acumulando cerca de 27 roubos de joalherias, casas de leilão e alguns veículos blindados ao seu vasto “currículo”.
Durante a série, é mencionado que sua maior façanha, antes do assalto à Casa da Moeda, foram 434 diamantes roubados na Champs-Élysées, uma das mais prestigiadas avenidas de Paris, na França.
Em algum momento de sua vida, ele foi recrutado por seu meio-irmão para liderar a equipe responsável pelo “maior roubo de todos os tempos”, passando por um intenso treinamento juntamente com seus colegas ladrões.
Berlim é considerado arrogante, narcisista e muitas vezes um psicopata por seus companheiros, mas não podemos negar que ele é extravagante, bastante profissional e um homem muito charmoso.
Em nenhum momento vemos ele perder a calma, pelo contrário, Andrés é especialista em fazer jogos mentais para levar as pessoas a agirem como ele deseja, mesmo diante de situações caóticas.
Ele tem um senso de humor sarcástico, muitas vezes zombando de seus companheiros e dos reféns. Apesar disso, ele coloca o plano em primeiro lugar e fará o possível para chegar ao final da sua execução, como foi mostrado no final da Parte 2.
Em um primeiro momento, suspeitamos que Berlim possa ser usuário de drogas ou que esteja passando por algum tipo de tratamento para dependentes químicos, devido a uma estranha maleta com medicamentos que ele mesmo aplica.
Mas logo descobrimos, a partir de um flashback na Itália, onde ele revela que tem uma doença terminal chamada Miopatia de Helmer, condição que foi herdada de sua mãe.
Os médicos estimaram que ele poderia ter no máximo 3 anos de vida, mas Berlim sente que viverá pelo menos 6 ou 7 anos.
Sabendo disso, o Professor decide cancelar o assalto e procurar um tratamento no exterior, mas ele se recusa imediatamente, pois prefere continuar com o plano, e também com sua grande paixão por roubos.
Andrés teve 5 casamentos, mas nenhum deles deu certo, o que o fez deixar de acreditar no amor. Ele dizia que assim que um filho nascia, passava a ser o centro das atenções da mãe, e que a partir daí, a mulher deixava de ser “sexy”.
Durante o roubo na Casa da Moeda Real da Espanha, ele conhece e se aproxima de Ariadna Cascales, uma das funcionárias que é feita de refém pelo grupo.
Temendo por sua vida, Ariadna aceita as investidas do ladrão, pretendendo ficar com ele somente para sobreviver e ao final receber uma parte do dinheiro roubado.
E como se esquecer da clássica cena, em um dos momentos finais da 1ª temporada, enquanto Berlim e o Professor jantam no dia anterior ao início do assalto.
Os dois fazem um voto de lealdade, e terminam cantando o clássico tema revolucionário Bella Ciao. Confira abaixo:
A escritora Esther Lobato Martinez disse que Berlim foi concebido como todos os outros personagens de La Casa de Papel:
“com sombras de luz e escuridão aplicadas a cada um, de modo a serem relatáveis e imorais.”
Desse modo, ele pôde evoluir em sua relação de carisma e de envolvimento com o público, mesmo tendo uma atitude mais opressiva com os reféns desde o início.
A ligação fraterna entre Berlim e o Professor, é um dos pontos que não estavam no roteiro original, mas foi incorporada na história dos personagens no final da parte 1.
Os escritores decidiram trazê-lo de volta com flashbacks a partir da parte 3, pois sentiram que a personagem tinha passado por um arco de redenção, e também era bastante popular entre o público.
Além disso, o escritor Javier Gómez Santander, ressalta que Berlim poderia não ter sido morto no final da Parte 2 se os escritores imaginassem que a série poderia ser renovada.
Os últimos episódios de La Casa de Papel estrearam no dia 03 de dezembro no catálogo da Netflix, prometendo um desfecho grandioso para os fãs.
A série chega ao seu fim, deixando um importante legado na história da gigante do Streaming, e junto com “Round 6″, se tornou uma das produções originais de língua não inglesa mais assistidas da plataforma.
