Nos bastidores da tensão: como o negociador policial militar salva vidas em situações críticas

Foto: Divulgação/PMAM

A atuação de um negociador policial militar é uma das mais desafiadoras dentro das operações de segurança pública, nela exige-se calma, técnica e responsabilidade. Desta forma, a Polícia Militar do Amazonas (PMAM), vêm desenvolvendo o trabalho deste profissional, para atuar em casos de negociação com sequestradores, sUicidas armados, agressões com reféns, entre outros cenários onde a vida humana está em risco.

Sendo assim, os policiais militares que atuam como negociadores passam por um rigoroso processo de formação, ministrado pela Companhia de Operações Especiais (COE) da PMAM. O curso, dura cerca de 30 dias e é planejado para preparar o profissional a lidar com os mais diversos tipos de crises. A corporação possui mais de 30 policiais militares habilitados.

O treinamento inclui desde simulações realistas e estudos de caso até técnicas de desescalada, quando os policiais militares usam procedimentos de comunicação para que o sequestrador não coloque a vítima em risco.

O comandante da COE, capitão PM Adaumir Diego, enfatiza que o objetivo principal do curso é garantir que o negociador desenvolva habilidades avançadas para agir de forma estratégica e eficiente em momentos de grande pressão. Isso inclui a capacidade de analisar o comportamento de agressores, reféns e vítimas, e aplicar táticas para conduzir a negociação até uma solução pacífica.

“Nossa principal função é estabelecer um canal de comunicação entre o negociador e o perpetrador da crise, para resolver um conflito de maneira pacífica, preservando a vida de todos os envolvidos. Para isso, os negociadores são treinados em técnicas de comunicação, psicologia e manejo de crise, permitindo que conduzam a crise para uma solução aceitável e uma rendição voluntária dos suspeitos, resgates de reféns ou vítimas”, enfatizou o comandante da COE.

Negociador Policial versus Policial Primeiro Interventor

O negociador policial é acionado somente em momentos de extrema necessidade, quando há reféns ou risco iminente à vida. A sua função é manter a calma, estabelecer comunicação com o agressor e, através da negociação, resolver a situação da forma mais pacífica possível.

Sendo assim, ele se diferencia de outros agentes da segurança pública por ser especializado na resolução de crises através do diálogo.

Em contrapartida, o policial Primeiro Interventor é aquele que chega inicialmente à cena do crime ou crise. Ele garante a contenção da situação e a segurança da área, até que os especialistas, como os negociadores, possam intervir.

A grande responsabilidade do negociador é, além de resolver o conflito, preservar vidas. As decisões precisam ser rápidas, bem pensadas e calculadas, exigindo do profissional não só uma grande capacidade de raciocínio sob pressão, mas também profundo conhecimento em psicologia de crises”, conclui o capitão.

Com informações da assessoria

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