
As brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, que foram presas na Alemanha após terem as malas trocadas por bagagens com droga, dizem que vão continuar viajando, mas com bagagem de mão. O casal contou que está com uma viagem programada para o fim do ano e não vai abrir mão.
“A viagem está de pé. Nós vamos viajar, nós gostamos de viajar, nós trabalhamos, nós batalhamos pra fazer isso. Nós somos pessoas livres, então vamos continuar viajando”, falou Jeanne.
Ao repórter Honório Jacometto, Kátyna e Jeanne desabafaram ainda sobre o medo que elas ainda têm. Além disso, as brasileiras contaram sobre a esperança que têm para que o que aconteceu com elas, não aconteça com outras pessoas.
“A gente espera que a partir daqui muita coisa mude e melhore, porque a gente paga e paga caro pra despachar uma bagagem. O mínimo que a gente tem que ter é segurança. Eu não desejo isso pra ninguém”, falou Jeanne.
“Poderia acontecer com qualquer pessoa, imagina se fosse uma senhora de 80 anos sendo presa, ou um adolescente que viaja pra intercâmbio”, completou Kátyna.
Presas injustamente
A personal trainer Kátyna afirma que elas foram presas de forma injusta e contaram que chegaram a ser maltratadas pela polícia alemã.
“Nós fomos presas de forma muito injusta, mal recebidas, maltratadas pela polícia alemã, injustiçadas, pagando já por 38 dias por um crime que não nos pertence. Se fôssemos cumprir o que a legislação de lá ordenava, iríamos ficar em média 15 anos, perdendo 15 anos da nossa vida e talvez não veríamos os nossos pais mais, os nossos amigos, a nossa pátria amada”, desabafou.
A veterinária Jeanne ressaltou a importância da ação dos órgãos de segurança brasileiros de conseguir provas, com agilidade, que comprovem a inocência do casal.
“Nós gostaríamos de fazer um agradecimento aqui a todos os envolvidos, que trabalharam juntos para mandar todas as provas pra polícia alemã, ao governo alemão. Nós sabemos que o envio desses vídeos foi fundamental para a nossa liberdade. Sem eles, provavelmente, nós iríamos pagar por um crime que nós não cometemos”, afirmou. Com informações do G1





