O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta terça-feira (7) que os viajantes não vacinados precisarão cumprir quarentena de cinco dias para entrar no Brasil e, após o período, realizar o teste RT-PCR.
“E, nesse contexto que estamos espreitados pela variante ômicrom, que ainda não sabemos ainda o total potencial dessa variante em criar uma nova pressão sobre o sistema de saúde, vamos requerer que os indivíduos não vacinados cumpram uma quarentena de cinco dias e, após a quarentena, realizem o teste. Se der negativo, poderiam normalmente aproveitar todas as belezas desse nosso grande Brasil”, afirmou Queiroga.
“Decidimos que o RT-PCR seria utilizado, como vem sendo utilizado desde o início da pandemia, que o indivíduo que vem ao Brasil tem que ter o teste RT-PCR negativo realizado 72 horas antes”, acrescentou.
As declarações foram dadas em entrevista coletiva realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com a presença do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do advogado-geral da União, Bruno Bianco.
Queiroga avaliou o passaporte da vacina, documento que comprova a imunização contra a Covid-19, como uma medida que “cria mais discórdia do que consenso”. O registro da vacinação já foi criticado diversas vezes pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que em evento mais cedo o comparou como uma “coleira que querem botar no povo brasileiro”.
“Esse enfrentamento da pandemia não diz respeito apenas a um chamado passaporte, que mais discórdia do consenso cria. É necessário defender as liberdades individuais e respeitar os direitos dos brasileiros a acessarem livremente as políticas públicas de saúde. Já conseguimos imunizar com as duas doses de vacina cerca de 80% da população brasileira acima de 14 anos, com mais de 175 milhões de habitantes”, disse Queiroga.
Recentemente, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendou em duas notas técnicas a adoção do comprovante de vacinação contra a Covid-19 para estrangeiros que tentem entrar no país pelas vias terrestre ou aérea.
“Naturalmente que o posicionamento da Anvisa é um posicionamento do órgão regulatório que pode ser acatado ou não na sua totalidade pelo governo, e é por isso que existe o grupo interministerial para buscar uma tomada adequada de decisão”, disse, acrescentando que “não se pode discriminar as pessoas entre vacinadas e não vacinadas.” Com informações do R7.