O presidente Jair Bolsonaro rebateu, nesta segunda-feira (28), as acusações de corrupção por causa do contrato de compra da vacina indiana Covaxin, alvo do Ministério Público Federal e da CPI da Covid no Senado. Para o presidente, houve apenas um erro administrativo no contrato, corrigido nos dias seguintes à visita do deputado Luís Miranda (DEM-DF), que o alertou sobre supostas irregularidades no trâmite da empresa com o Ministério da Saúde.
“Aquela história de 1.000% de superfaturado, quem entende um pouquinho não vai querer fazer uma fraude em 1000%, não tem cabimento, qualquer idiota iria perceber. Então, cada frasco – são 3 mil frascos – são 5 ml. E a dose para cada vacina é de 0,5 ml, então cada frasco são 10 vacinas. Então são 3 milhões. E foi corrigido nos dias seguintes ao que o cara [deputado Luís Miranda] esteve aqui, porque aqui vem tudo quanto é tipo de gente”, explicou Bolsonaro.
Bolsonaro disse desconhecer tudo o que acontece nos ministérios e afirmou que confia no trabalho dos nomeados para comandar as pastas.
“Aqui, vem todo tipo de gente, pessoal. Não posso dizer: ‘Você é deputado, deixe eu ver a sua ficha’. Eu ia receber pouca gente. Eu recebo todo mundo. E daí, ele que apresentou, eu nem sabia como estava a tratativa da Covaxin porque são 22 ministérios. Só o ministério do Marinho [Desenvolvimento Regional] tem mais de 20 mil obras. Do Tarcísio [Infraestrutura], tem dezenas, centenas, não tem como eu saber. O da Damares [Mulher, Família e Direitos Humanos], o da Justiça, o da Educação… então, não tenho como saber o que acontece nos ministérios. Eu vou na confiança em cima de ministro. Nada fizemos de errado”, garantiu aos apoiadores. Com informações do R7.