
Recife estreia o Brasil na prática de locação social por meio de uma parceria público-privada (PPP) inovadora, anunciada em cerimônia na sede da B3, em São Paulo. A iniciativa, batizada Morar no Centro, busca enfrentar o déficit habitacional estimado em 5,9 milhões de moradias e começa pelo centro da capital pernambucana, com 1.128 unidades previstas, sendo 637 para locação e o restante para venda. Em breve, a experiência deve ganhar as cidades de Campo Grande, Maceió e Santo André.
Como funciona
O modelo atende famílias com renda entre R$ 1,4 mil e R$ 4,9 mil, oferecendo subsídios parciais para aluguel e condomínio — de modo que o custo ao beneficiário fique entre 15% e 25% da renda familiar. As unidades chegam já equipadas com itens básicos, como geladeira e fogão. A seleção do parceiro privado ocorrerá via leilão, e ele ficará responsável pela retrofit, construção, manutenção e gestão dos empreendimentos localizados no centro de Recife, bem como pela administração condominial e pela articulação de serviços públicos.
Expansão, impactos locais e backstage institucional
A iniciativa envolve a revitalização do centro da cidade, ampliando não apenas o parque habitacional, mas também a integração social dessas famílias com serviços públicos e a convivência urbana. A Caixa atua como estruturadora, com apoio financeiro do governo federal por meio de fundos específicos, e a coordenação está a cargo da Secretaria especial do programa de Parcerias e Investimentos da Casa Civil da Presidência da República. O edital está previsto para 3 de janeiro, e o leilão com a divulgação dos vencedores deve acontecer em 24 de abril, na B3, bolsa de valores de São Paulo.
Os organizadores destacam que o formato é de longo prazo e visa reduzir o custo do aluguel para famílias com renda mais baixa, complementando ações de habitação já existentes. Com informações da Agência Brasil.





