O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira que a “a pressa é inimiga da perfeição” para a autorização da vacinação contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Na última quinta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma versão da vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos. O governo Jair Bolsonaro, porém, ainda não disse quando os imunizantes vão começar a ser aplicados.
“Após o dia 5 (de janeiro) haverá o posicionamento do Ministério da Saúde, que será fundamentado de acordo com normas técnicas. A pressa é inimiga da perfeição. O principal é a segurança”, disse o ministro, em entrevista à imprensa.
O ministro afirmou que os pais terão as respostas no que classificou de “momento certo”.
“Os pais terão a resposta no momento certo, sem açodamento. É necessário fazer análise técnica”, continuou o ministro.
Queiroga afirmou que o Ministério da Saúde não recebeu o documento da Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 (Cetai) a respeito da imunização de crianças. Essa câmara, porém, já tem consenso a favor da vacinação infantil.
“A autoridade sanitária tem que ter acesso ao inteiro teor de todo o procedimento administrativo que é feito no âmbito da Anvisa. Só a partir dessa análise completa que nós colocaremos em consulta pública esse assunto para que a sociedade tome conhecimento e registre a sua opinião. Não é uma eleição para saber quem quer e quem não quer. É ouvir a sociedade”, declarou o ministro.
Queiroga ainda afirmou que as contribuições da consulta pública que será feita pelo Ministério da Saúde serão analisadas pela área técnica do ministério e será feita uma “audiência pública onde se discutirá aprofundadamente esse assunto”.
“Após isso, o Ministério da Saúde fará considerações com recomendações”, disse.
Não é a primeira vez que o ministro defende uma consulta pública para debater o tema. No último sábado, Queiroga divulgou em suas redes sociais um trecho de uma entrevista onde deu falas parecidas.