Mercado revisa inflação de 2025 para 4,32% e mantém PIB em 2,26%, com Selic em 15% e dólar em torno de R$5,44


O último Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, mostra que o mercado financeiro reduziu a previsão de inflação para 2025 para 4,32%. Embora permaneça acima da meta central de 3%, o número fica dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (até 4,5%). A leitura também mantém estável a projeção de expansão da economia para 2025, com o Produto Interno Bruto (PIB) previsto em cerca de 2,26%. O cenário, consolidado ao fechar 2024, aponta que a inflação, ainda pressionada por choques de curto prazo, não deve ultrapassar o teto da meta, mesmo com o aperto monetário em curso.


Inflação para 2025 e o equilíbrio da meta

A projeção do IPCA para 2025 caiu pela sétima semana consecutiva, chegando a 4,32%. Trata-se de uma trajetória de queda gradual ao longo das últimas semanas, ainda acima da meta de 3% mas dentro do intervalo de tolerância de até 4,5%. Em novembro, o avanço de preços foi puxado, entre outros fatores, pela alta de passagens aéreas, e o IPCA mensal registrou 0,18%; em outubro, o índice ficou em 0,09%. A inflação acumulada em 12 meses está em 4,46%. As projeções para 2026 permanecem em 4,05% e para 2027, em 3,8%.


A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2025 continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que situa o teto em 4,5%.

Câmbio, juros e PIB: projeções para 2025-2027

No câmbio, o Focus aponta o dólar fechando o ano em torno de R$ 5,44, ligeiramente acima da projeção da semana anterior, de R$ 5,43, e menor do que a previsão de quatro semanas atrás, de R$ 5,40.

A Selic permanece em 15% ao ano, nível mais alto desde julho de 2006. O aperto iniciado em 2024 segue vigente, após a elevação a 15% começando em junho e tendo sido mantida nesse patamar desde então.

Para o PIB, o Focus mantém a estimativa de 2,26% para 2025, com a mesma projeção de 1,80% para 2026 e 1,80% para 2027. O segundo trimestre deste ano trouxe crescimento de 0,4%, impulsionado pelos serviços e pela indústria; em 2024, o PIB avançou 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de expansão e a maior taxa desde 2021.

Com informações da Agência Brasil.