
A mãe do menino de 12 anos que morreu após fumar “supermaconha”, em Diadema (SP), disse que pediu ajuda ao Conselho Tutelar e sugeriu o início de algum projeto durante as férias para envolver as crianças da região na luta contra o uso de entorpecentes. Porém, ela foi informada de que a proposta só começaria depois que as aulas voltassem.
“Eu sou diarista e trabalho fora, praticamente o dia todo. Meus filhos estão desde dezembro em casa, e eu queria que eles fizessem um curso de férias, mas não tinha nenhum disponível”, contou Kelly Santos.
De acordo com um conselheiro tutelar do departamento 1 de Diadema, que preferiu não se identificar, não existe um projeto contra o uso de drogas porque o Conselho Tutelar não é um órgão preventivo, mas protetivo.
“O Conselho Tutelar é acionado quando os direitos das crianças são negligenciados. No caso do uso de drogas, projetos de prevenção são papel da área da saúde. O que a gente pode fazer é encaminhar para serviços como o Cras (Centro de Referência de Assistência Social)”, explicou.
O caso aconteceu no bairro Campanário, periferia de Diadema, na região metropolitana de São Paulo, na sexta-feira (3). A mulher contou que usar maconha sintética é comum entre meninos e meninas da região. “O uso de drogas entre as crianças não para. Em todo lugar que eu ando ainda vejo crianças usando”, falou.
Kelly quer que projetos contra o uso de drogas, especialmente a supermaconha, sejam implantados na comunidade onde mora, para que a tragédia não se repita e que ninguém sinta a dor que ela sentiu quando o filho morreu.
“Foi uma perda muito grande. Perder o meu filho para as drogas, uma droga que chegou em tão pouco tempo e conseguiu devastar a vida de muitas pessoas. Não dá mais”, afirmou. Com informações do R7





