Transmitido pela Band na noite deste domingo (16), o clima do primeiro debate do segundo turno entre os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL) começou tenso, com troca de acusações entre os candidatos. Mas, ao longo do embate, Bolsonaro procurou se aproximar do petista em uma tentativa de aliviar a tensão e demonstrar uma postura mais pacífica.
Intermediado por Adriana Araújo e Eduardo Oinegue, o primeiro encontro entre os presidenciáveis que irão disputar o segundo turno foi promovido pelo grupo Bandeirantes, a TV Cultura, o jornal Folha de São Paulo e o portal Uol.
O primeiro tema abordado foi a reforma tributária. Ao ser questionado pela apresentadora Adriana Araújo de onde seria retirado o dinheiro para se fazer cumprir os planos de governo, o ex-presidente Lula disse ter certeza de que o Congresso votará em uma reforma tributária “para taxar menos os mais pobres trabalhadores”.
O petista declarou ser ‘possível’ investir quando há planejamento e quando o dinheiro é colocado no ‘lugar certo’: “Se você souber trabalhar, planejar, você vai ter o dinheiro para fazer as coisas”, disse.
Com um formato inédito e bem avaliado pelos participantes e pela mídia, no primeiro bloco ambos os candidatos tiveram 15 minutos cada para debaterem livremente sobre diversos temas. Lula perguntou a Bolsonaro sobre o número de universidades e escolas técnicas que foram criadas durante o atual governo. Se esquivando de responder e evitando olhar para o adversário, o presidente atribuiu à pandemia a falta de criação de instituições: “Não abrimos faculdades nem escolas técnicas, porque elas ficariam fechadas na pandemia. Não teria o porquê abrir mais”, afirmou Bolsonaro que atacou Lula na sequência afirmando que o ex-presidente deixou ‘milhares de jovens endividados’ com o FIES. O presidente declarou que durante o atual governo foi possível anistiar até 90% da dívida: “O senhor mais endividou a garotada do que ajudou”, disse.
Por sua vez, o petista declarou que é candidato à presidência pois ‘deseja reconstruir o país’ e acrescentou que “é preciso trazer o povo mais pobre à cidadania outra vez. Geramos 22 milhões de empregos, somos o governo que mais fez escolas técnicas e universidades neste país”, afirmou antes de realizar a pergunta.
As informações são do IG.