Lula lidera gastos com campanha, seguido por Tebet e Bolsonaro

Líder nas pesquisas de intenção de votos , o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encabeça o ranking de gastos entre os candidatos ao Palácio do Planalto: R$ 51,1 milhões. Segundo colocado na preferência do eleitorado , de acordo com os institutos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou menos de um terço que o adversário, R$ 15 milhões, e é apenas o quinto que mais consumiu recursos até agora. Simone Tebet (MDB), R$ 32,9 milhões, quarta colocada nas pesquisas, e até a candidata do União Brasil Soraya Thronicke (R$ 27 milhões), já gastaram mais do que o chefe do Executivo. A campanha de Ciro Gomes , do PDT, consumiu R$ 20 milhões.


Ao todo, as campanhas dos postulantes à Presidência da República desembolsaram R$ 151,1 milhões até ontem, data-limite para que eles entregassem suas prestações de contas à Justiça Eleitoral . O foco dos gastos chama a atenção. Embora a trincheira virtual assuma uma importância crescente a cada eleição, os candidatos ainda investem mais em material publicitário impresso do que com impulsionamento de conteúdos na internet. Até agora, foram 21 milhões com os chamados santinhos e adesivos e R$ 7,4 milhões para turbinar postagens nas redes sociais.

O perfil de gastos expõe estratégias adotadas pelos candidatos até aqui. Lula aposta no modelo tradicional de campanha, com alto investimento em viagens e comícios. Ele declarou já ter desembolsado R$ 2 milhões com eventos de promoção da sua candidatura — metade desse valor serviu para botar de pé o comício no Vale do Anhangabau, no dia 20 de agosto. Bolsonaro, por sua vez, abriu o cofre para contratar pesquisas. Com frequência, o presidente desacredita publicamente os levantamentos dos principais institutos do país, sobretudo quando aparece mal colocado.