
O governo federal está tratando os Correios como uma prioridade de reestruturação diante de dificuldades financeiras que ameaçam a continuidade dos serviços postais. A mensagem oficial é clara: não haverá privatização. A estratégia, segundo o Planalto, passa pela modernização da gestão, ajustes no quadro de funcionários e a busca de parcerias que possam manter a estatal sob controle público, com possibilidade de vir a operar como empresa de economia mista.
Contexto financeiro e mudanças em curso
Até o momento, a administração de Emmanoel Rondon, na direção dos Correios desde setembro, aponta a pressão do mercado de comércio eletrônico como principal combustível dos problemas contábeis. O foco é reorganizar as operações, reduzir custos e tornar a empresa produtiva novamente, sem abrir mão do papel público.
Parcerias versus privatização
Os interlocutores do governo sinalizam que parcerias com empresas privadas — nacionais ou estrangeiras — estão nos planos, incluindo a possibilidade de transformar a estatal em uma empresa de economia mista, desde que a governança permaneça sob o Estado. A ideia não é privatizar, mas ampliar sinergias para melhorar a oferta de serviços, logística e competitividade.
Financiamento condicionado e próximos passos
Para sustentar o plano, o Correios negocia empréstimos de cerca de 20 bilhões de reais com o sistema financeiro. A liberação de recursos, porém, fica condicionada ao cumprimento de metas de reestruturação e à anuência do Tesouro Nacional. A Fazenda informou que o montante efetivamente disponível deve ficar abaixo de 6 bilhões inicialmente cogitados, com qualquer aporte atrelado a um cronograma de ajustes.
Além disso, o governo criou mecanismos para permitir que estatais federais com receitas próprias reorganizem contas sem serem automaticamente enquadradas como dependentes do Tesouro, ampliando autonomia de gestão durante o processo de ajuste.
Com informações da Agência Brasil.





