
Em uma reunião do Conselho de Participação Social no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o enfrentamento à violência contra a mulher deve figurar entre as prioridades da gestão e que o tema precisa ser discutido com a participação de homens e mulheres. Ele destacou que está na linha de frente dessa luta, ao lado de quem deseja um país decente, justo e respeitoso com as questões de gênero.
Lula também apontou que o combate ao feminicídio e às violações requer ações práticas, incluindo campanhas educativa que alcancem a educação básica para que crianças aprendam desde cedo a tratar as mulheres com respeito, derrubando o machismo cultural que persiste na sociedade.
Compromisso com educação e mudança de mentalidade
O presidente enfatizou que a transformação passa pela escola e pela construção de uma cultura de convivência igualitária. Segundo ele, o objetivo é envolver o universo masculino na mudança de comportamento, reconhecendo que a violência está entrelaçada a desigualdades de gênero e raça. Participantes ressaltaram que as violações atingem com maior intensidade mulheres negras e com diversidade sexual, exigindo políticas de proteção e inclusão que vão além do discurso.
Conselho de Participação Social: voz da sociedade na gestão pública
O Conselho de Participação Social funciona como ponte entre a sociedade civil e o governo, ouvindo 68 entidades e assessorando o presidente na formulação de políticas. A ideia é transformar demandas da população em ações públicas mais eficazes no enfrentamento à violência de gênero, integrando educação, segurança e proteção às mulheres.
Mercosul-UE: expectativa de assinatura e desafios políticos
Na pauta externa, Lula sinalizou a expectativa de assinatura do acordo entre Mercosul e União Europeia na cúpula de chefes de Estado prevista para o dia 20, em Foz do Iguaçu, com a participação de Ursula von der Leyen. Caso seja fechado, o acordo é apresentado como marco de integração econômica, com impactos relevantes para o comércio entre os blocos. Entretanto, a negociação enfrenta resistência na França, onde produtores rurais temem perder espaço de mercado diante da competição brasileira, complicando o avanço do pacto.
O presidente afirmou que espera que líderes europeus contribuam para a conclusão do acordo, mantendo a esperança de um desfecho positivo em breve.
Com informações da Agência Brasil.





