
A Polícia Federal deflagrou a operação Galho Fraco para apurar possíveis irregularidades em contratos de aluguel de veículos vinculados ao gabinete do deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara. Em entrevista coletiva, Cavalcante afirmou que não houve qualquer ilícito e que o dinheiro encontrado em sua residência não configura lavagem de dinheiro, atribuindo a origem de parte dos recursos à venda de um imóvel.
Operação da PF e o que está em jogo
A ação, com ao menos sete mandados de busca e apreensão, ocorreu nas primeiras horas desta sexta-feira e atingiu ambientes ligados ao parlamentar, incluindo domicílio e locais de assessoria. O ministro do Supremo Flávio Dino autorizou as medidas, enquanto a PF apontou movimentações financeiras suspeitas envolvendo pessoas próximas ao deputado, entre assessores, familiares e ex-funcionários, totalizando dezenas de milhões de reais no ciclo investigado.
R$ 400 mil em dinheiro vivo e a versão sobre a origem do dinheiro
Sobre o montante encontrado dentro de um saco plástico em um armário, Cavalcante disse que a origem lícita será comprovada pelos advogados e que o caminho do dinheiro já está documentado. Ele acrescentou que não se recorda exatamente quando o imóvel foi vendido nem há quanto tempo guarda o dinheiro em casa, destacando que ninguém guarda dinheiro ilícito de forma tão ostentosa.
Na linha dos contratos de aluguel de veículos, o deputado afirmou que utiliza os carros e que, por isso, não haveria como falar em lavagem de dinheiro. Em relação à locadora contratada pelo gabinete, ele afirmou não saber detalhes operacionais, destacando apenas que a prioridade é manter preços baixos para evitar sobrepreços.
Contexto político e desdobramentos
Além das acusações diretas, Cavalcante descreveu a investigação como uma perseguição política, uma forma de associar a oposição a irregularidades antes das eleições de 2026, segundo ele. A operação acentua a tensão entre o grupo que respalda o governo e as vozes de oposição, em meio a um cenário de frentes ideológicas acentuadas.
Com informações da Agência Brasil.





