O Centro Multiusuário para Análise de Fenômenos Biomédicos (CMABio) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) conquistou mais um marco em sua trajetória de excelência científica. O laboratório foi premiado no concurso internacional da Jeol, renomada empresa desenvolvedora de microscópios de super-resolução, com a imagem intitulada “Infectious Look” (“Aparência Infecciosa”).
A fotografia, vencedora na categoria Scanning Electron Microscopes (SEM), apresenta os detalhes dos olhos e da estrutura frontal do mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika.
Um olhar infeccioso
A imagem premiada foi criada pelo tecnólogo em microscopia Jander Matos e pelo doutorando em Biologia Evolutiva e Conservação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Joaquim Nascimento. Segundo Jander, o laboratório possui um vasto acervo que documenta o ciclo de vida completo do mosquito, utilizando protocolos avançados para investigar estágios larvais e estruturas de resistência.
Reconhecimento e contribuição científica
Desde 2019, a UEA já conquistou quatro prêmios internacionais e nacionais com imagens científicas, sendo dois no concurso da Jeol, um na Sociedade Brasileira de Microscopia e Microanálise (SBMM) e outro no Prêmio de Fotografia – Ciência & Arte, do CNPq.
Essas conquistas reafirmam a UEA como pioneira em bioimagem na região Norte e um exemplo de como a ciência pode contribuir para o desenvolvimento sustentável. “A infraestrutura de ponta da UEA tem impulsionado tanto meu crescimento profissional quanto o avanço científico do Amazonas”, afirmou Jander Matos.
O papel do CMABio
O CMABio não apenas estuda o Aedes aegypti, mas também registra imagens de células infectadas com malária, fungos e amostras do bioma amazônico. Recentemente, o centro expandiu sua atuação para a caracterização química de ativos amazônicos, permitindo o desenvolvimento de novas moléculas para a bioprospecção.
Impacto e futuro
A conquista no concurso da Jeol reflete o comprometimento da UEA com a pesquisa científica e a inovação. Além de colocar o Amazonas no mapa da ciência internacional, o trabalho do CMABio demonstra o potencial de aplicar a ciência para solucionar problemas locais e globais, desde o controle de doenças tropicais até o desenvolvimento de novas tecnologias.