A Justiça decretou, nesta sexta-feira (16), a prisão preventiva do lutador de boxe Victor Arthur Pinho Possobom, acusado de torturar o enteado de 4 anos de idade com tapas e sufocamento no prédio onde morava, em Niterói, região metropolitana do Rio. As agressões foram flagradas por câmeras de segurança do condomínio onde eles residiam. Dois vídeos mostram o padrasto agredindo o menino – o primeiro registro foi feito na recepção do condomínio e o segundo, no elevador. As imagens são de fevereiro deste ano.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), na tarde de 20 de fevereiro, Possobom submeteu o enteado “a intenso e desnecessário sofrimento físico e mental, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal ou medida de caráter preventivo”. Diz ainda o MPRJ que “houve emprego de violência, consistente em agressões mediante socos e sessões de sufocamento, inclusive prensando a cabeça do menor contra a parede do elevador”.
A juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine, em exercício na 1ª Vara Criminal de Niterói, decretou a prisão do acusado. A magistrada também aceitou a denúncia de tortura oferecida pelo Ministério Público estadual, destacando de que há indícios suficientes de autoria e materialidade para a deflagração da ação penal e que se trata de delito grave.
“As imagens contidas na mídia acautelada em cartório não deixam dúvidas. Há que se reconhecer que a autoria resultou claramente indiciada, assim como comprovados os indícios de materialidade delitiva acerca da prática da conduta criminosa. Há nítida superioridade física do réu face à vítima, o que por si só já demonstra a crueldade da conduta e a condição de fragilidade da vítima”, diz a juíza na decisão.
Com informações da Agência Brasil.