A família da jovem que foi vítima de estupro após um show em Belo Horizonte concedeu uma entrevista ao programa Encontro, da TV Globo, nesta terça-feira (1º). Na entrevista, eles pediram por justiça e expressaram críticas ao comportamento do motorista de aplicativo e dos médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) durante o ocorrido.
O caso está sob investigação da Polícia Civil de Minas Gerais, e está prevista uma audiência de custódia no Fórum da capital ainda hoje, após as 18h, para determinar se o suspeito permanecerá preso. O homem, identificado como Weberson Carvalho da Silva, de 47 anos, é morador e trabalha na região, segundo a família. O G1 não localizou os advogados de defesa dele.
Conforme informações do G1, com o auxílio da polícia e das câmeras de segurança de estabelecimentos locais, a família conseguiu localizar o suspeito.
Ainda segundo o G1, a família recordou que a jovem de 22 anos estava presente em um show no Mineirão no último sábado (29), onde relatou ter consumido bastante bebida alcoólica. Um colega de trabalho solicitou um carro de aplicativo para ela. “Ela estava bêbada, mas não desacordada. Ela entrou no carro acordada […] e esse amigo se disponibilizou a ir com ela, mas ela não quis, falou que não precisava. Ofereceu de ela dormir na casa dele, mas ela não quis”, relembrou a irmã da vítima.
A moça entrou no carro, então, sozinha e ficou desacordada durante o caminho. Quando chegou em casa, o motorista tentou chamar o interfone, mas não teve sucesso.
De acordo com o G1, o amigo que solicitou o carro de aplicativo para a vítima chegou a compartilhar a localização com o irmão mais novo, que mora com ela. No entanto, segundo a família, ele não teve a oportunidade de visualizar a mensagem recebida.
A família criticou o motorista por não ter feito mais barulho para tentar acordar alguém da vizinhança e questionou o fato de outra pessoa ter aparecido para ajudá-lo a deixar a vítima sozinha no meio-fio. “Quem é essa pessoa? Ele chamou por telefone? Porque eu não vejo uma pessoa qualquer parando e ajudando alguém como se estivesse desovando uma pessoa. Minha irmã foi jogada ali como um saco de lixo”, disse a familiar da vítima ao programa da TV Globo.
Em nota enviada ao G1, a 99Pop afirmou que bloqueou temporariamente este motorista e que está à disposição das autoridades para as investigações. Diz, ainda, que os motoristas passam por orientações de segurança.
