O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atribuiu na noite desta quinta-feira (28) à “política” e à “maturidade” a aliança eleitoral que firmou com o ex-governador paulista Geraldo Alckmin para a eleição presidencial deste ano.
Histórico adversário do PT, Alckmin deixou o PSDB e se filiou em março ao PSB a fim de concorrer como vice na chapa a ser encabeçada por Lula.
“De vez em quando, Alckmin, alguém fala: ‘Ah, mas o Lula e o Alckmin já divergiram. Por que eles agora estão juntos?’ Porque isso chama-se política. Isso chama-se maturidade. Isso chama-se compromisso com este país e compromisso com o povo brasileiro”, disse Lula em discurso na abertura do congresso partidário do PSB, em Brasília.
O ex-governador afirmou que ele e Lula se defrontaram em eleições — os dois disputaram o segundo turno em 2006 — mas sempre “dentro da regra democrática”.
“Hoje estamos unidos por um dever. A política é aliada ao interesse público, ao interesse das pessoas, que é mudar o Brasil, recuperar este país”, declarou Alckmin.
A cerimônia de abertura do congresso do PSB reuniu governadores, prefeitos, deputados e senadores do partido, além de dirigentes e parlamentares do PT.
No discurso que proferiu, Lula listou ações que pretende adotar caso seja eleito — combater a fome, abrir crédito para pequenos empresários, acabar com o chamado “orçamento secreto” — e atacou o governo de Jair Bolsonaro.
“Nós vamos ter quatro anos e nós vamos ter que fazer em quatro anos o que seria necessário fazer em 40″, afirmou, dirigindo-se a Alckmin.
“Nós temos um presidente que não tem sentimento, nós temos um presidente que não respeita as instituições. Ele não respeita a Câmara, não respeita o Senado, não respeita a Suprema Corte, não respeita sindicato, não respeita quilombolas, não respeita mulher, não respeita LGBT, não respeita ninguém. Não conversa com governador, não conversa com prefeito, ele só sabe conversar com seus comparsas milicianos, e contar sete mentiras todo dia”, complementou o ex-presidente.
As informações são do G1.