Integrante do trisal diz que foi demitida após assumir poliamor com policiais 

Após a repercussão ao assumir o poliamor com os sargentos da Polícia Militar do Acre Alda Nery e Erisson Nery, a administradora Darlene Oliveira foi demitida da empresa onde trabalhava. Para confirmar a situação, a sargento Alda fez um desabafo postado no perfil deles no Instagram.

O G1 procurou o trisal neste sábado (26) para saber mais informações sobre o caso, mas o sargento Erisson Nery disse que não querem se pronunciar no momento e que vão avaliar. Dos três, Darlene sempre evitou dar entrevistas sobre o relacionamento.

Alda e Erisson Nery são sargentos da PM e já eram casados quando conheceram a administradora Darlene. No último dia 12, eles passaram o primeiro dia dos namorados juntos.

Os três assumiram a relação há quase um ano. Mais recentemente, há cerca de seis meses, eles criaram um perfil em uma rede social para divulgar como é a vida que escolheram.

Mas a repercussão, além de trazer mensagens de apoio e até relatos de pessoas que levam o mesmo estilo de vida, acabou com a demissão de Darlene, segundo a sargento Alda. Ela diz que a companheira foi demitida com a justificativa de que a exposição dela afetaria a imagem da empresa.

A policial também não cita o nome da empresa onde Darlene trabalhava.

“A Darlene perdeu o emprego baseado na justificativa de que ela estava se expondo demais e que isso faria mal à imagem da empresa na qual ela trabalhava. Hoje, a Darlene já está trabalhando numa empresa maravilhosa, aonde os chefes têm uma mentalidade humana, uma mentalidade respeitosa, que respeitam as pessoas independente de suas escolhas sexuais”, desabafou a sargento.
Ainda no relato postado, Alda fala que Darlene não tem interesse em buscar seus direitos após o ocorrido e diz que o Brasil precisa melhorar.

“Eu não sei o que vocês acham, também não vou fazer aqui uma enquete, mas acho que a sexualidade ou a opção sexual ou quem alguém deseja amar não influencia em nada na sua competência como profissionais. Ô Brasil, nós precisamos mudar. Ô Brasil, nós precisamos melhorar, mas enquanto tivermos Darlenes, que não lutam pelos seus interesses, não brigam por seus direitos, as injustiças continuarão acontecendo. Eu não vou interferir, porque esse é um direito dela. Até quando situações como essas vão ficar impunes?”