Inflação do aluguel encerra 2025 com queda de 1,05% e sinaliza menor pressão de custos para 2026, aponta IGP-M


O fechamento de 2025 traz um sinal de alívio para quem paga aluguel: o IGP-M, índice que reajusta contratos e reflete a dinâmica de custos da economia, terminou o ano com queda acumulada de 1,05%. Em dezembro, o indicador recuou 0,01%, sugerindo que a inflação ao produtor arrefeceu ao longo do período e apontando maior espaço para reajustes menores em 2026. O IGP-M é calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) por meio do instituto Ibre e costuma balizar contratos de aluguel, tarifas de energia, telefonia, mensalidades escolares, planos de saúde e seguros.


O que isso significa para contratos de aluguel e famílias

Diante de uma deflação no índice, observadores veem menor pressão de custos sobre empresas e famílias, o que pode reduzir o nível de reajustes em contratos renovados no próximo ano. A leitura do ano também aponta que a queda decorre de fatores como desaceleração global da atividade, maior incerteza macro e, ainda, uma melhoria nas safras agrícolas, que ajudaram a comprimir preços de insumos e matérias-primas.


Para quem tem aluguel ou contratos atrelados ao IGP-M, o cenário sugere uma sensibilidade maior a mudanças de preço ao produtor, com menor repasse de custos. Contudo, especialistas destacam que a prática de reajuste depende das cláusulas contratuais individuais e de negociações entre locadores e locatários, que podem buscar parcerias mais estáveis em meio a esse ambiente de menor pressão inflacionária.

IPCA em 4,32% e meta de inflação do governo

O boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, aponta que o IPCA — a inflação oficial do país — deverá encerrar 2025 em 4,32%. A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — o que coloca o teto em 4,5% e o piso em 1,5%. Assim, a projeção fica próxima do limite superior da meta, sinalizando pressão ainda presente, apesar do arrefecimento recente nos preços de ativos e commodities.

Essas leituras convergem para um ano de transição, no qual choques globais e condições climáticas influenciam dinamicamente prêmios de custo, mas o cenário de inflação começa a ganhar maior previsibilidade para planejamento de contratos e orçamento familiar.

Com informações da Agência Brasil.