
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comunicou nesta quinta-feira que pretende deixar o governo em fevereiro para poder atuar como colaborador da campanha de reeleição do presidente Lula em 2026. Em conversa com jornalistas, ele reforçou que manter-se no cargo ao mesmo tempo em que participa da campanha seria incompatível com as funções da pasta econômica. A declaração chega em um momento em que o governo se prepara para ajustes orçamentários e para planejar o próximo ciclo fiscal.
Detalhes da transição e prazos-chave
Haddad destacou que, pela legislação eleitoral, ministros que disputam as eleições de 2026 têm até 3 de abril para deixar o cargo. No entanto, ele afirmou que pretende sair antes para facilitar a passagem de comando e permitir que o próximo titular prepare a primeira edição de 2026 do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, com previsão de publicação em março. O ministro também quer que o sucessor assuma, já a partir, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2027, que deve ser enviado ao Congresso até 15 de abril do próximo ano.
Comunicação a Lula e o futuro político
Haddad disse ter informado o presidente Lula sobre o desejo de saída e não confirmou se pretende concorrer em 2026. Ele enfatizou que colaborar com a campanha seria incompatível com a função pública e que uma troca de comando seria importante caso o pleito seja atendido. Segundo o ministro, Lula indicou que respeitaria a decisão tomada ou que venha a ser tomada.
Impacto institucional e cenário fiscal
Ao defender a necessidade de uma transição alinhada ao calendário legislativo, Haddad destacou a importância de manter a consistência entre as metas da LDO e o orçamento, para garantir previsibilidade e cumprir as metas fiscais. A troca de comando, segundo ele, não apenas facilita a participação política, como também preserva a disciplina fiscal necessária ao orçamento público.
Com informações da Agência Brasil.





