
Após nove dias de mobilização, a greve de petroleiros chega a um momento de divergência entre as duas principais federações da categoria. A FUP, que representa cerca de 105,4 mil trabalhadores em 14 sindicatos, informou que o conselho deliberativo aprovou a aceitação da contraproposta da Petrobras e indicou a suspensão do movimento. Já a FNP, com aproximadamente 26 mil trabalhadores distribuídos em quatro sindicatos, sustenta que as concessões não atendem aos interesses da categoria e decide manter a greve em caráter ativo, com assembleias marcadas para definir os próximos passos.
FUP aposta na suspensão: avanços e garantias no acordo coletivo
A percepção da FUP é de que houve avanços relevantes nas negociações, incluindo garantias contra punições aos grevistas, abono de 50% dos dias parados e a possibilidade de banco de horas para os demais. A entidade também aponta melhorias no plano de saúde, nos vales e em medidas de descompressão de custos de transporte, considerados avanços significativos para o acordo coletivo de trabalho. As unidades em greve continuam paralisadas até as assembleias de cada base sindical decidirem o próximo passo.
FNP defende continuidade: novas assembleias e mobilização permanece
Para a FNP, as propostas apresentadas pela companhia não correspondem ao que a categoria espera, e a nova sessão plenária da federação determinou pela continuidade do movimento. A entidade enfatiza a soberania das assembleias e já marca encontros adicionais após o dia 26 para consolidar a posição dos trabalhadores. Nas redes sociais, a FNP reforça a ideia de que a greve continua forte e que as assembleias devem prevalecer sobre as deliberações formais dos sindicatos.
Panorama das operações e sinalização da empresa
O movimento atingiu grande parte da base de produção, com impactos relatados em diversas refinarias, plataformas marítimas, terminais e usinas. A Petrobras informou que apresentou ajustes à proposta de acordo, com a intenção de encerrar o movimento, e destacou que a paralisação não afetou o abastecimento nem a produção, acionando equipes de contingência quando necessário. A nota também reforçou o compromisso com o diálogo e respeitou o direito de manifestação dos trabalhadores.
Com informações da Agência Brasil.





