
No terceiro dia de paralisação, a greve de petroleiros da Petrobras chegou à Bacia de Campos, atingindo 28 plataformas com adesão total, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP). O movimento envolve também expressiva participação de trabalhadores de empresas terceirizadas. A adesão se estende ainda à Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, elevando para nove o número de unidades em greve. Na terça-feira (16), eram 24 plataformas e nove refinarias em greve.
Desde a deflagração, na segunda-feira (15), a base reivindica pontos que costumam compor a pauta de mobilizações na Petrobras, incluindo itens relacionados à contingência para manter operações. A FUP aponta adesão total nas plataformas envolvidas, com expectativa de novas adesões nos próximos dias.
Posição da Petrobras e ações de contingência
A Petrobras informou que equipes de contingência já estão mobilizadas para atuar na manutenção das operações, assegurando a produção e o abastecimento ao mercado. Em nota, a estatal afirmou que, até o momento, não houve impacto na produção e que o abastecimento ao mercado permanece estável. A empresa reiterou o respeito ao direito de manifestação e afirmou estar aberta ao diálogo com as entidades sindicais.
Contexto regulatório e potencial impacto
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, responde por cerca de 90% da produção de petróleo e gás natural no Brasil. Esse peso reforça a importância de monitorar a greve e manter a continuidade operacional para evitar descontinuidades no abastecimento.
Perspectivas para o setor
Especialistas destacam que a continuidade da paralisação pode ampliar pressão sobre a cadeia de suprimentos e sobre o abastecimento de combustível, especialmente em períodos de maior demanda. Ministérios, a ANP e as partes envolvidas devem manter canais de negociação abertos para buscar um desfecho que preserve a estabilidade do mercado.
Com informações da Agência Brasil.





