
Um ataque armado na praia de Bondi, em Sydney, durante as comemorações do primeiro dia de Hanukkah deixou ao menos 15 mortos e cerca de 40 feridos, e agora envolve cooperação internacional. Autoridades das Filipinas e da Índia estão auxiliando as investigações australianas enquanto a polícia busca esclarecer a rota, as motivações e eventuais conexões dos responsáveis.
Viagem às Filipinas e participação da Índia
Investigadores australianos afirmaram que os dois suspeitos, um homem de 50 anos e seu filho de 24, passaram quase todo o mês de novembro nas Filipinas. Documentos indicam que o pai entrou no país com passaporte indiano, enquanto o filho usou um passaporte australiano. Manila e Canberra mantêm contato direto: a ministra das Relações Exteriores das Filipinas telefonou para a chanceler australiana para coordenar informações e oferecer cooperação.
Por sua vez, a polícia indiana informou que o atirador mais velho tem nacionalidade indiana e ligações familiares em Hyderabad. As autoridades indianas disseram não ter indicação de que a radicalização do suspeito tenha origem na Índia e declararam disposição para colaborar com agências australianas na apuração dos fatos.
Cenário do ataque e atuação das forças locais
Segundo a polícia de Nova Gales do Sul, pai e filho estacionaram o veículo próximo à praia e abriram fogo contra pessoas que participavam de uma celebração judaica. As vítimas têm idades que variam entre 10 e 87 anos. Um dos suspeitos morreu em confronto com agentes; o outro foi detido ferido e está em condição estável.
Nas buscas foram encontradas, segundo as autoridades, bandeiras feitas à mão ligadas a grupos jihadistas e um artefato que, acreditam, poderia ser explosivo foi retirado do local. A investigação segue para determinar se os autores atuaram totalmente por conta própria ou se houve apoio externo.
Imagens divulgadas mostram um civil que desarmou um dos atiradores após a sequência de disparos; o homem foi atingido, mas sobreviveu e recebe atendimento. Equipes de inteligência australianas também avaliam se há riscos adicionais à comunidade e monitoram possíveis ameaças complementares.
Repercussão internacional e contexto
O episódio provocou reações de líderes e organismos internacionais, que condenaram o ataque e manifestaram solidariedade às vítimas. O governo australiano classificou o ato como motivado por ideologia extremista, e serviços de segurança do país mantêm o nível de ameaça em patamar elevado enquanto as apurações seguem em andamento.
O episódio reacende memórias de episódios de violência em massa na Austrália e do endurecimento das leis de armas após o massacre de Port Arthur, em 1996. Autoridades locais e estrangeiras dizem que investigações aprofundadas sobre viagens, comunicações e redes das duas pessoas presas são essenciais para compreender perfeitamente o que ocorreu e prevenir novos episódios.
Próximos passos
As polícias da Austrália, das Filipinas e da Índia continuam trocando informações. Investigações forenses, interceptações e análise de deslocamentos dos suspeitos nas últimas semanas são prioridades. Até o momento, não há confirmação de vítimas brasileiras, segundo o Itamaraty, e a apuração permanece aberta, com atualizações previstas à medida que novas evidências forem obtidas.





