Exército de Israel afirma ter abatido comandante do Hamas Raad Saad em bombardeio na Cidade de Gaza; família confirma morte
Autoridades israelenses dizem que Saad era ‘um dos arquitetos’ do ataque de 7 de outubro e chefe da produção de armas do braço militar do Hamas; fontes médicas palestinas relatam cinco mortos em Tel al Hawa
O Exército de Israel declarou, neste sábado (13), que matou Raad Saad — apontado como comandante do braço militar do Hamas — em um bombardeio na Faixa de Gaza. Em nota conjunta, o primeiro‑ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmaram que a ação foi ordenada “em resposta à detonação de um dispositivo explosivo pelo Hamas que feriu nossas forças hoje”.
Quem era Raad Saad, segundo Israel
O Exército descreveu Saad como “um dos arquitetos” do ataque de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a atual fase de hostilidades entre Israel e o Hamas. As forças israelenses também o teriam chefiado a sede de produção de armas do movimento e liderado iniciativas de “fortalecimento militar”.
Confirmação da família e funeral
Fontes da família confirmaram a morte de Raad Saad à agência France Presse (AFP) e informaram que o funeral está previsto para domingo (14). O anúncio da família foi citado pela AFP como confirmação independente da informação fornecida por Israel.
Vítimas civis e feridos
Autoridades de emergência palestinas e a Defesa Civil de Gaza relataram que um bombardeio em Tel al Hawa, no sudoeste da Cidade de Gaza, matou cinco pessoas e deixou 25 feridos. Mahmoud Bassal, porta‑voz da Defesa Civil de Gaza, disse que um veículo civil foi atingido perto de Nabulsi e que os corpos foram levados ao hospital Al Shifa.
O Exército israelense afirmou, em resposta à AFP, que houve apenas um ataque na área em que Saad teria sido morto. Além disso, informou que dois soldados da reserva ficaram levemente feridos por um artefato explosivo detonado durante uma operação no sul de Gaza.
Contexto do cessar‑fogo
Um cessar‑fogo entre Israel e o Hamas entrou em vigor em 10 de outubro, mas permanece frágil. Ambas as partes vêm se acusando mutuamente de violações desde então, e incidentes como o registrado neste sábado aumentam a tensão e o risco de novas escaladas.
