Em depoimento na terça-feira (14), um dos ex-assessores do vereador Gabriel Monteiro (PL), que participa como testemunha de defesa no processo ético-disciplinar contra o parlamentar, afirmou que recebeu proposta de suborno de R$ 600 mil para inventar provas contra Monteiro.
Segundo Rafael Murmura, a oferta foi feita por Vinícius Hayden, ex-assessor de Monteiro que morreu no mês passado em um acidente de carro, três dias depois de ter prestado depoimento contra o vereador.
Murmura foi ouvido pelo Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio, pelo processo que apura uma suposta quebra de decoro parlamentar de Monteiro.
Rafael afirmou que contratou um segurança, mas não revelou por quem se sente ameaçado.
Nesta terça (14), também foi ouvido o ex-policial militar e ex-assessor parlamentar Miqueas Arcenio. Na semana que vem, o conselho ouvirá o delegado do caso, Maurício Armond. No próximo dia 23, é a vez do próprio Gabriel prestar depoimento.
O relator do processo, o vereador Chico Alencar (PSOL), anunciou que vai pedir 15 dias de prorrogação para terminar o relatório, que só será votado em agosto. Após denúncia de ataques virtuais dirigidos aos vereadores do Conselho de Ética, a Polícia Civil realizou varreduras nos gabinetes dos parlamentares, mas não encontrou escutas.
Sobre os depoimentos desta terça-feira (14), os advogados do vereador Gabriel Monteiro afirmam que os fatos narrados por Rafael Murmura foram essenciais para contrariar as denúncias feitas por ex-assessores arrolados na acusação.
“Além de reafirmar em depoimento que recebeu proposta de suborno no valor de R$ 600 mil do ex-assessor Vinícius Hayden, para forjar provas contra o vereador, Rafael contou que estava na gravação do parlamentar com uma criança no salão de beleza e não viu nada que comprometesse sua conduta, ao contrário do que supõem as falsas acusações”, afirma a defesa de Monteiro.
Com informações do Gazeta Brasil