EUA atacam o Estado Islâmico na Síria após emboscada que matou dois militares: o que se sabe sobre a operação Hawkeye Strike


Em resposta à emboscada que tirou a vida de dois militares americanos e de um intérprete civil na cidade de Palmira, no leste da Síria, as forças dos EUA lançaram uma ofensiva robusta contra o Estado Islâmico. A operação, batizada Hawkeye Strike, mobilizou caças, helicópteros de ataque e artilharia para atingir alvos do EI no centro do território. Segundo o Comando Central (Centcom), mais de 70 alvos foram atingidos em vários pontos da região, com participação também de aeronaves jordanianas. A ofensiva utilizou mais de 100 munições de precisão voltadas a infraestrutura e locais de armas do grupo.


Como ocorreu a ofensiva e onde atuou

O Centcom informou que a operação começou às 18h, horário de Brasília, e concentrou ações em áreas-chave de controle do EI no centro da Síria. O objetivo declarado foi desarticular redes logísticas, armazéns de armamento e centros de comando. A coordenação envolveu tropas da região e apoio de forças aéreas jordanianas, que contribuíram com parte do suporte aéreo necessário para os ataques.


Impactos, avaliação inicial e reações

Organizações de monitoramento indicaram que, pelo menos, cinco integrantes do EI teriam morrido na ofensiva, incluindo o líder de uma célula de drones atuante na região de Deir ez Zor. O EI não emitiu respostas públicas imediatamente. Autoridades americanas destacaram que a operação visa responder a agressões passadas, sem sinalizar uma escalada para conflito aberto. Nos Estados Unidos, o secretário de Defesa informou intenção de manter a pressão até reduzir a capacidade do EI na região. Em comunicações públicas, autoridades destacaram que a ação não representa o início de uma guerra, mas uma resposta às ações do grupo.

Contexto estratégico e próximos passos

A presença militar norte-americana na Síria persiste desde 2015, com o objetivo de apoiar forças locais na luta contra o EI. A ONU aponta que o grupo ainda opera com entre 5.000 e 7.000 combatentes entre Síria e Iraque. O episódio ocorre em um cenário regional de tensões contínuas, em que aliados ocidentais avaliam próximos passos para consolidar ganhos contra o EI e evitar novo surgimento de redes de apoio ao grupo. A Síria tem participado de coalizões internacionais e busca manter cooperação com os EUA, em um contexto de transição e negociações que moldam o combate ao extremismo na região.