‘Estava acompanhado de 3 advogados’, diz delegada sobre prisão de homem envolvido na morte da pequena Lorena

foto: divulgação/PC

Policiais da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), cumpriu, na quarta-feira (31), mandado de prisão preventiva de John Lenon Menezes Maia, 31, pelo homicídio de Lorena Ferreira Rodrigues, que tinha 2 anos. A imagem do criminoso apareceu como procurado no programa Linha Direta.


De acordo com a delegada Joyce Coelho, titular da unidade policial especializada, a vítima foi morta por John Lenon e pela própria tia, identificada como Ana Beatriz Barbosa Guimarães, 20, entre os dias 22 e 23 de março de 2022, no bairro Compensa, zona oeste.


Joyce conta que a mãe de Lorena a deixou sob os cuidados de Ana Beatriz e de John Lenon e, ao longo dos meses, a criança começou a sofrer constantes maus tratos praticados pela dupla criminosa.


“Todos os ocorridos foram relatados por Ana Beatriz, em depoimento após ela ter sido presa na terça-feira (30), em cumprimento de mandado de prisão preventiva. Ela contou que no dia 22 de março daquele ano, a vítima foi bastante agredida fisicamente e, por isso, passou a desmaiar e acordar, em consequência das agressões”, disse.

Conforme a titular, no dia seguinte, Ana Beatriz acordou e constatou que a menina estava sem respiração, momento em que ela ligou para John Lenon e eles decidiram o que fariam dali em diante.

Depoimentos controversos e comprovação do crime

A titular da Depca relembra que Ana Beatriz foi presa em flagrante no dia 28 de março de 2022, por ocultação de cadáver e cumpriu dois meses de reclusão, sendo um mês no município de Itacoatiara e um mês em Manaus, e foi liberada posteriormente.

“Na ocasião desta prisão, ela negou a participação no crime e disse que a criança teria morrido de causas naturais. Além disso, ela alegou ter ficado assustada devido ao ocorrido, por isso enterrou o corpo de Lorena. Entretanto, o laudo médico apontou uma série de maus tratos que a menina teria sofrido e a causa da morte teria sido traumatismo craniano”, falou.

Segundo a delegada, na época do fato, o indivíduo chegou a se apresentar na Depca, prestou declarações e imputou os maus tratos a mulher, negando que teria participação na ação criminosa.

“Apesar de ele ter negado, conseguimos imagens de monitoramento que constataram que na manhã do dia 23 de março de 2022 John Lenon saiu do seu local de trabalho, com uma mochila vazia e foi ao encontro de Ana Beatriz na residência deles. No local, o infrator enrolou o corpo da criança em um lençol e o colocou dentro da mochila. Após isso, ele levou Ana Beatriz para o porto da Ceasa e ela se deslocou para Autazes em uma lancha rápida, transportando o corpo da vítima”, disse.

Conforme a titular, no município a mulher se hospedou na residência do seu pai, onde enterraram o corpo de Lorena após três dias.

Repercussão nacional e prisão

No dia 18 de maio deste ano, a imagem de John Lenon foi divulgada em um programa televisivo de rede nacional, que tem como objetivo divulgar imagens de autores de crimes que não foram encontrados e presos. A partir desta divulgação, a população denuncia a localização dos criminosos à polícia.

Com isso, o caso ganhou repercussão nacional e o paradeiro do indivíduo foi informado ao disque-denúncia da Depca, ocasião em que os policiais civis da unidade especializada foram em busca dele.

John Lenon estava residindo no bairro Aleixo, zona centro-sul, local onde foi efetuada a sua prisão. Ele se apresentava como ‘João’ para que não fosse descoberta a sua verdadeira identidade.

Com informações da Polícia Civil

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