‘Estamos recebendo ameaça de morte, minha mãe’, diz Fausto Jr. após ida à CPI no Senado

O deputado Fausto Júnior (MDB) disse em vídeo no Instagram nesta noite de sexta-feira (2) que sua mãe recebeu uma ligação com ameaça de morte. O parlamentar esteve na CPI da Covid-19, na última terça-feira (29), para falar sobre a CPI da Pandemia no Amazonas, da qual foi relator. A mãe do deputado é a conselheira do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE), Yara Lins, que chegou a ser citada na CPI no Senado.

“Lamentavelmente estamos recebendo ligações com ameaças de morte. Minha mãe. Isso é muito triste, mas é o que nos motiva. Mostra que estamos enfrentando o sistema, estamos enfrentando pessoas absolutamente mafiosas. Não venho aqui de forma alguma acusar, mas esperar justiça, que se encontrem os responsáveis por isso, que sejam presos. Essa forma de intimidação é coisa de bandido, coisa de vagabundo e isso a gente não vai admitir. Esterei vigilante, protegendo sempre a minha família, e vamos vencer essa guerra. Contem comigo”, disse o deputado estadual pelo Amazonas.

Fausto informou que já fez um Boletim de Ocorrência (B.O.) sobre o fato e encaminhou o caso para as autoridades de segurança responsáveis. Além disso, o deputado confirmou que já foi protocolado um pedido para instalação de uma nova CPI da Pandemia no Amazonas, desta vez para investigar a crise do oxigênio que acometeu Manaus e o Amazonas em janeiro deste ano. O tema foi bastante cobrado na CPI da Pandemia no Senado.

CPI no Senado

Na reunião no Senado, Fausto Júnior confrontou alguns senadores, como Omar Aziz (PSD), citando acusações de desvio de recursos públicos da ordem de R$ 260 milhões, de quando Aziz foi governador do Amazonas. Fausto chegou a dizer em algum momento que foi ameaçado de prisão por Omar Aziz, logo depois.

Fausto Júnior, após ser indagado por qual motivo não indiciou o governador Wilson Lima na CPI do Amazonas, informou que se fosse para indiciar Wilson, teria que indiciar vários ex-governadores, incluindo Omar Aziz, por conta de a prática de pagamentos de processos indenizatórios ter sido uma prática recorrente, em todas as gestões passadas no Amazonas, desde 2011, inclusive, no governo de Omar, onde teriam sido pagos R$ 50 milhões nessa modalidade.

Posterior a reunião da CPI da Covid-19, Omar Aziz chegou a pedir a quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático de Yara Lins e da filha dela, Tereza Rabelo, no Supremo Tribunal Federal (STF), mas o pedido foi negado pelo ministro Luis Roberto Barroso.

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