Especialistas em extensão rural dialogam com extensionistas do Idam em processo de capacitação

Mais de 200 extensionistas rurais do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) participaram, na quarta-feira (24), de uma conversa virtual sobre a importância da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) no desenvolvimento humano, econômico e agropecuário sustentável. A conversa foi mediada por profissionais renomados e de referência nacional e internacional na área da extensão rural.


A programação iniciou com um diagnóstico básico sobre a realidade da Ater no Brasil e no Amazonas, conduzida pelo doutor engenheiro agrônomo pela Universidad de Córdoba, na Espanha, e professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Francisco Roberto Caporal. O diálogo sobre a importância do serviço de Ater no desenvolvimento rural sustentável foi mediado pelo mestre em Agroecossistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Gervásio Paulus.


De acordo com Francisco Caporal, a extensão rural tem se mostrado um serviço essencial no apoio ao desenvolvimento socioeconômico das comunidades rurais. “Historicamente no Brasil temos visto que os programas e as políticas de apoio ao rural brasileiro, quase todas, passam pelo serviço de extensão rural. Isso mostra que, apesar dos altos e baixos ao longo da história da extensão rural brasileira, esse é um serviço que não acaba porque consta como essencial, tanto na Constituição de 1988 como na lei agrícola brasileira”, destacou.


Francisco Caporal também ressaltou que o Idam vive um momento de fortalecimento, e isso está sendo um exemplo para o Brasil. “É muito importante o que a Instituição está fazendo na sua transformação interna, na capacitação de técnicos e na adoção de uma extensão rural moderna, participativa, ecológica e que leva em conta a realidade sociocultural das famílias rurais e a realidade específica dos agroecossistemas, onde atuam essas famílias”, disse.

Segundo Gervásio Paulus, o trabalho da Ater não se restringe a repassar conhecimento e informações que são gerados nas instituições de pesquisa ou academias. “O serviço de Ater, além disso, pressupõe um forte trabalho de cunho social, educativo, não formal, e presta não apenas um serviço de assistência técnica, mas contribui muito com a implantação de outras políticas públicas, como nos casos relacionados a saúde, educação e assistência social, que são essenciais para o desenvolvimento rural das comunidades”, pontuou.

“Cumprimento o Idam pela iniciativa e coragem de, mesmo neste período difícil por que o país passa, ter contratado mais de 200 servidores. (Isso) mostra que a Instituição acredita numa proposta diferente de Ater, comprometida com o desenvolvimento rural, com a sustentabilidade e participação. Isso faz a diferença”, finalizou.

O diretor-presidente do Idam, Valdenor Cardoso, agradeceu os convidados pela participação e conhecimento compartilhado por mais de duas horas de conversa, que só enriquecem e fortalecem ainda mais o trabalho da Ater no Amazonas.

“Os métodos da extensão rural são ferramentas para o desenvolvimento socioeconômico do ponto de vista humanístico, da promoção humana, do técnico extensionista rural, que é um missionário com um importante papel, de interagir, conviver e conhecer a realidade e o modo de vida da família rural, que em regra são pequenos produtores com pouca estrutura”, disse Cardoso.

Fortalecimento institucional

A iniciativa juntamente com o Programa de Capacitação Tecnológica, idealizado pelo Idam com a consultoria da Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ), acrescenta um conjunto de informações que permite ao extensionista compreender a dimensão de seu papel institucional e social. As atividades são divididas em três eixos: assessoria para ordenamento político de Cadastro Ambiental Rural (CAR), capacitação de técnicos do Idam no Plano de Áreas Degradadas (PRAD) e fortalecimento técnico e institucional.

Com informações da assessoria 

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