Entidades sindicais, estudantis e movimentos populares preparam mais um ato contra o governo Bolsonaro neste sábado (24), no centro de Manaus. A pauta de reivindicação consiste no fim da tramitação de propostas como a Reforma Administrativa e de alteração na demarcação de terras indígenas. Além de propor auxílio emergencial permanente até o fim da pandemia e a aceleração da vacinação, com estratégias eficientes para o alcance da imunização contra Covid-19 no país.
O ato acontece durante todo o sábado pelo Brasil. Em Manaus, a concentração irá iniciar às 15h, na Praça da Saudade, Centro, e seguirá até o Teatro Amazonas, finalizando com ato cultural.
Este é o quinto mês em que protestos são realizados contra a falta de políticas do governo federal durante a crise econômica e sanitária causada pela covid-19. Soma-se a isso o desejo do ministro da Economia, Paulo Guedes, em aprovar a Reforma Administrativa, considerada uma ameaça de redução no atendimento da população nos serviços públicos como saúde e educação. Além dos ataques a Zonas Franca de Manaus promovidos por Bolsonaro e Paulo Guedes, ameaçando empregos do polo industrial.
‘Live’ de mobilização
Já nesta quinta-feira (22), haverá transmissão de uma ‘live’ pelas redes sociais com o intuito de mobilizar e convidar a população para participar do ato. A transmissão acontece às 20h no perfil das redes sociais dos movimentos envolvidos no protesto, no Youtube e Facebook.
Compondo o ato estão os partidos de esquerda, PT, PC do B , PSOL, Rede, PSTU, PDT e PSB, a União Estadual dos Estudantes do Amazonas, sindicatos e mais de 30 movimentos sociais do Amazonas.
Crescimento de apoiadores
No último dia nacional de atos, foram registradas movimentações também em Tefé e Parintins, e os organizadores esperam aumentar o número de municípios com eventos no dia 24.
De acordo com a pesquisa do Instituto DataSenado divulgada na última segunda-feira (19), 73% dos brasileiros entrevistados acredita que o país começou a comprar vacinas mais tarde do que deveria. Desse total, 74% julgam o presidente da República como o maior responsável pela demora. Para a grande maioria (97%), o número de mortes seria menor caso as vacinas tivessem sido compradas mais cedo.
Em contrapartida, 22% dos brasileiros consideram que a compra foi feita no momento certo e 3% dizem que os imunizantes foram adquiridos até mais cedo do que deveriam.
A pesquisa ouviu 1.471 brasileiros de 16 anos ou mais, entre os dias 13 e 14 de julho.