A partir da última terça-feira, 1º de outubro, os consumidores brasileiros vão sentir um aumento na conta de energia elétrica devido ao acionamento da bandeira vermelha patamar 2, o nível mais alto do sistema tarifário da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O aumento foi motivado pela baixa nos reservatórios e o consequente aumento no custo da energia.
O sistema de bandeiras tarifárias, implementado em 2015 e ajustado durante a gestão do então ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, busca alertar os consumidores sobre as condições de geração de energia e os custos associados. Na ocasião, Braga assinou o Decreto nº 8.401/2015, que instituiu o modelo de bandeiras tarifárias. Atualmente, Braga é senador e um dos principais aliados do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), que busca a reeleição.
Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, o custo para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos passa de R$ 4,463 para R$ 7,877, conforme anunciado pela Aneel em 27 de setembro. A agência justificou a medida citando o risco hidrológico, ou seja, os baixos níveis dos reservatórios e o aumento do preço da energia no mercado, reflexo da alta nos custos de produção.
Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias?
O sistema de bandeiras tarifárias é dividido em três cores: verde, amarelo e vermelho (com patamares 1 e 2). Quando a bandeira verde está em vigor, não há cobrança adicional na conta de luz. No entanto, as bandeiras amarela e vermelha indicam custos extras, que variam de acordo com as condições de geração de energia, sendo o patamar 2 da bandeira vermelha o mais caro.
Desde setembro, a bandeira vermelha patamar 1 já estava em vigor, após vários meses de bandeira verde, o que resultava em uma tarifa mais econômica para os consumidores. Agora, com a ativação do patamar 2, a conta de luz ficará ainda mais onerosa.
Impacto para os consumidores e dicas de economia
Com o aumento na conta de luz, é importante que os consumidores fiquem atentos aos seus hábitos de consumo de energia. Adotar medidas de economia, como evitar o uso excessivo de aparelhos elétricos e otimizar o uso de eletrodomésticos, pode ajudar a reduzir o impacto financeiro causado pela bandeira vermelha.
Fique atento às mudanças na sua conta de energia e procure maneiras de reduzir o consumo para minimizar o efeito do reajuste tarifário.