Em 10 meses, mais de 200 acidentes fatais foram registrados no Amazonas

A cada 24 horas, pelo menos um acidente de trânsito fatal acontece no Amazonas. Tais consequências são a soma de diversos fatores como imprudência ou falha mecânica, por exemplo. Apesar disso, a irresponsabilidade no volante ainda é a principal causa dos acidentes. O Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM) registrou 280 acidentes fatais, de janeiro a outubro de 2021.

O mês de maio teve o maior índice de ocorrências desta natureza. Em relação aos atropelamentos, estes são os mais recorrentes. Em 10 meses foram registradas 82 ocorrências desta natureza.

De acordo com Wendell Menezes, gerente da Controladoria Geral de Trânsito, do Detran-AM, grande parte dos acidentes de trânsito são consequências de infrações, como o desrespeito à sinalização e condutores que trafegam em alta velocidade nas rodovias.

“As principais causas dos acidentes se dão em relação à desobediência da legislação de trânsito, principalmente naquilo que se refere à sinalização viária e ao limite de velocidade das vias”, disse.

Segundo o gerente, grande parte dos acidentes que resultam em mortes ou vítimas lesionadas, envolve colisões entre carros e motocicletas. Só na capital, foram 47 acidentes envolvendo esses veículos, entre janeiro e outubro deste ano.

Para que haja uma redução no número de casos, o Detran-AM tem trabalhado na conscientização da população, principalmente de condutores de veículos, fornecendo palestras e cursos. E, com o apoio do Núcleo Especializado em Operações de Trânsito (NEOT), atua em pontos estratégicos da capital e de municípios do interior, para diminuir esse tipo de infração e, assim, evitar graves consequências.

“Lembrando que não basta apenas o Detran fazer o seu papel, a sociedade precisa contribuir conosco, e ter ciência de suas responsabilidades no trânsito”, enfatizou Wendell.

Lei Seca

Em Manaus, a operação Lei Seca é realizada constantemente pelo Núcleo Especializado em Operações de Trânsito (Neot), do Detran-AM, com o intuito de reduzir o índice de acidentes de trânsito, tirando das ruas os motoristas que dirigem sob efeito do álcool. Em outubro deste ano, 121 condutores foram flagrados dirigindo alcoolizados e 56 se recusaram a realizar o teste do bafômetro. O condutor que se recusa a fazer o teste sofre as mesmas penalidades do motorista que fizer o teste e constatar o uso de álcool.

Segundo Wendell, a condução de veículos sob efeito de substâncias alcoólicas ainda é uma das principais causas de acidentes no Amazonas. Diariamente, muitos motoristas acabam violando a legislação de trânsito, sendo flagrados pelas equipes do Neot. “A partir do momento que você consome uma bebida alcoólica e vai conduzir um veículo automotor, você perde os reflexos necessários para uma boa condução”, ressalta.

Penalidade

Sendo constatada a embriaguez no condutor, ele é autuado por infração de trânsito e conduzido à delegacia. Em relação à punição administrativa, a natureza da infração é gravíssima e resulta na perda de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). No entanto, a pontuação não é mais computada, pois, se for constatado a alcoolemia, a CNH do condutor é recolhida e, posteriormente, suspensa.

Se o teste do bafômetro constatar até 0,33 miligramas de álcool, o condutor infrator responderá um processo administrativo para suspensão do direito de dirigir por um ano. Caso a quantidade detectada no aparelho for acima disso, o infrator passa a ser enquadrado em crime de trânsito, nos termos do Artigo 306, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

As informações são da assessoria