Duas vítimas de acidente na ciranda de Manacapuru, estão em estado grave em Manaus, diz secretário

Os órgãos de Segurança do Estado do Amazonas atualizaram a situação das vítimas e o andamento das investigações sobre o incidente na Ciranda de Manacapuru, ocorrido na noite de ontem (28). Em coletiva na tarde desta segunda-feira (29), as autoridades detalharam em resumo, que duas vítimas estão em estado grave e as demais se recuperam bem dos ferimentos.

O fato aconteceu por volta das 22h30 enquanto a Flor Matizada se apresentava na Cirandródomo pelo 24º Festival de Ciranda de Manacapuru. O cesto que carregava 23 brincantes despencou de uma altura de aproximadamente 10 metros, de onde estava pendurada pela estrutura de um guindaste.

De acordo com o secretário de Saúde do Amazonas, doutor Anoar Samad, sete pacientes permaneceram em Manacapuru e outros 15 que sofreram o acidente no evento foram transferidos para Manaus. Um casal que sofreu um acidente de moto e estava sem capacete, também foi transferido para a capital, mas não tinha relação com a ciranda, somando um total de 17 pessoas transferidas.

“Dois estão em estado grave e outros [pacientes em estado] moderados, e temos alguns que estão bem, mas ainda internados porque são fraturas fechadas ou fraturas abertas”, detalhou Samad. “Conseguimos trazer todos [pacientes], não teve nenhum óbito no local, o primeiro atendimento foi feito de uma forma muito cuidadosa. Parabéns a todos os envolvidos e vamos torcer para que todos os pacientes consigam resistir a esse acidente”, completou o secretário de Saúde.

Até o fechamento desta matéria, nenhum paciente havia recebido alta dos hospitais de Manaus, revelou Anoar Samad.

O guindaste

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa informou que o mesmo guindaste que acabou envergando no incidente foi utilizado pelo ciranda Guerreiro Mura, na noite do último sábado. A ciranda Tradicional foi impedida de operar por conta da chuva, naquela mesma noite.

O comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBM-AM) coronel Orleiso Muniz, informou que a Corporação realiza a vistoria com relação as arquibancadas, com relação a arena, com relação a quantidade de público, que é controlado, e que todos esses aspectos “estavam em plenas condições de realização do evento”.

Muniz também revelou que todos os documentos que precisam ser checados para a operação de um guindaste foram entregues ao Corpo de Bombeiros: “O plano de movimentação de carga, ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do engenheiro mecânico, que garante que as estruturas componentes, tanto do mastro telescópico quanto da superestrutura estão okay. Então a ART garante que o equipamento foi inspecionado por quem tem habilitação para inspecionar”, detalhou o comandante.

“Nós enquanto órgãos de estados exigimos que seja entregue esses documentos. Aí, eu chamo atenção para o operador, que tem que ser habilitado para operar guindastes. E foi entregue todos os cursos que o operador participou, habilitação categoria D e E, que o operador tem. Agora dados mais refinados do que de fato aconteceu, só com trabalho pericial, com cautela e tempo, através da perícia do DPTC”, completou o comandante do CBM-AM.

As autoridades ainda buscam informações detalhadas sobre peso da estrutura e do equipamento usado, o que ainda pode levar algum tempo, sem prazo definido.

A Polícia Civil já iniciou as investigações do caso inclusive ouviu testemunhas. A perícia realizou o trabalho inicial no local ainda na noite do incidente e retornou nesta segunda-feira, para dá andamentos às investigações.

Portal Manaus Alerta