Dólar sobe para R$ 5,52 e atinge maior nível em quatro meses; Ibovespa recua com incertezas políticas e juros dos EUA


Em uma sessão de marcada volatilidade, o dólar voltou a passar de R$ 5,50 e fechou o dia próximo de R$ 5,52, o maior patamar desde o início de agosto. A bolsa brasileira, por sua vez, recuou, com o Ibovespa se aproximando dos 157 mil pontos, em meio a incertezas políticas ligadas às pré-candidaturas à eleição presidencial do próximo ano e a dúvidas sobre o ritmo de cortes da Selic.


Desempenho do câmbio e da bolsa

O dólar comercial fechou em alta de cerca de 6 centavos, aos R$ 5,52, após ter atingido R$ 5,53 na máxima intraday por volta das 14h. O Ibovespa caiu 0,79%, aos 157.327 pontos, marcando a segunda queda consecutiva.


Fatores internos e externos

No cenário externo, o dólar apresentou leve alta diante das moedas globais, diante de dados de emprego nos EUA que reforçaram a possibilidade de continuidade da política de aperto monetário por mais tempo. Já internamente, a incerteza política relacionada às eleições de próximo ano e a indefinição sobre o momento do início do ciclo de cortes da Selic pesaram sobre os ativos de risco.

A ata da reunião do Copom, divulgada recentemente, não fixou data para o início da queda da Selic, o que contribuiu para a cautela entre investidores e para a migração de recursos da renda variável para a renda fixa.

Impactos e próximos passos

A volatilidade recente indica que a demanda por dólares pode permanecer firme no curto prazo, influenciando a trajetória cambial e os fluxos de capital. Para o investidor, o cenário aponta para maior sensibilidade a sinais de política monetária e a desdobramentos das negociações políticas.

Com informações da Agência Brasil.