
Em uma sessão marcada pela volatilidade recente, o mercado financeiro brasileiro registrou alívio relativo: o dólar comercial fechou vendido a R$ 5,531, queda de 0,95% ante o dia anterior, após uma sequência de sete altas. A recuperação da bolsa ajudou a manter o sentimento de tranquilidade, com o Ibovespa superando a marca dos 160 mil pontos e registrando o melhor nível em oito dias. O comportamento do câmbio foi influenciado tanto por fatores de cenário quanto por atuação direta do Banco Central.
Mercado cambial reage a intervenção do BC e a fatores políticos
O BC atuou para estabilizar o mercado cambial por meio de leilão de linha, vendendo US$ 500 milhões do total disponibilizado de US$ 2 bilhões. Esse instrumento de liquidez temporária auxilia no atendimento da demanda de empresas que remitem lucros e dividendos para o exterior, especialmente no fim de ano. Paralelamente, o ambiente político também pesou: o anúncio do cancelamento de uma entrevista de Jair Bolsonaro a um portal de notícias contribuiu para a percepção de incerteza, ampliando volatilidade em momentos de transição.
Ibovespa revaloriza-se e atinge o maior nível em oito dias
A recuperação do humor corporativo se refletiu no índice Ibovespa, que encerrou aos 160.486 pontos, com alta de 1,46%. O avanço da bolsa veio em meio a movimentos de caixa e a menor pressão sobre o câmbio, fortalecendo o apetite por ativos de maior risco entre investidores locais.
Inflation e cenário macro ajudam o humor de mercados
Dados de inflação contribuíram para o tom mais moderado: a prévia da inflação oficial de dezembro ficou aquém das expectativas, com o IPCA-15 apontando ritmo mais brando para o mês. Ao fim do ano, o indicador projetado aponta 4,41% para 2025, dentro da meta. Essa leitura, associada à intervenção do BC e ao apoio da atividade de risco, ajudou a sustentar o recuo do câmbio e a sustentação da bolsa.
Com informações da Agência Brasil.





