Um doador de sangue que precisava contribuir com material sanguíneo para cirurgia de uma conhecida denunciou ao Manaus Alerta que não conseguiu fazer a doação na Fundação Hemoam por “questões burocráticas”. O motivo, segundo o homem que preferiu não se identificar, foi o fato de apresentar apenas a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na forma digital, que fica disponível nos celulares, por meio de aplicativo.
O documento não é considerado oficial pela portaria do Ministério da Saúde, que define os critérios para doação, o que acabou impedindo que o homem doasse material. “São feitas tantas campanhas para doação de sangue, um material tão escasso, e mais uma burocracia dessa tende a afastar os doares. Eu evito de andar com a CNH de papel, pois ando de moto, pego muita chuva e pode molhar. Por isso é bom andar com o documento digital que é uma facilidade a mais, infelizmente esse procedimento é retrógado”, reclamou.
Hemoam
Por meio de nota, a Fundação Hemoam informou que os procedimentos de triagem de doadores de sangue seguem a portaria de consolidação n°158/2016, do Ministério da Saúde, a qual não oficializa sobre a CNH digital como documento aceitável para o registro de doação ou cadastramento de doador.
Porém, a Fundação Hemoam, dada as condições críticas do estoque de sangue, tem adotado uma política flexível em relação a CNH digital, recomendando aos profissionais que atuam na recepção dos doadores para que aceitem a versão digital da CNH.
“Acrescentamos que será averiguado o caso do doador que foi impedido por apresentar o documento digital”, completa a nota.
Com informações da assessoria