Dengue, covid-19, crise migratória e enchente castigam o Acre

O Estado do Acre está vivendo nas últimas semanas uma verdadeira crise na sanitária, de saúde e segurança pública, tudo ao mesmo tempo. Como se não bastasse a já conhecida pandemia de covid-19, que apresenta aumento, a população tem pela frente um surto de dengue, a enchente sazonal, e o estouro de conflitos migratórios na fronteira com o Peru.

No boletim da Secretaria Estadual de Saúde, da última sexta-feira (19) o Acre registrou 432 novos casos de covid-19, nas últimas 24 horas, totalizando 54.562. O Estado teve ainda mais três óbitos registrados na sexta-feira, alcançando um total de 951. Os números são considerados alto para região que tem população pequena.

Conflitos

Ainda em aos problemas de enfrentamento à pandemia, a crise imigratória envolvendo haitianos, levou o município de Assis Brasil, na fronteira com o Peru, decretar estado de calamidade pública, na última quinta-feira (18).

A situação se agravou após conflitos envolvendo forças militares peruanas e cerca de 400 imigrantes, a maioria haitianos, que, deixando o Brasil, forçaram a entrada em território peruano, com o intuito de ir em direção ao México e aos Estados Unidos.

Enchente

O Estado também enfrenta uma cheia de grades proporções que já assolam municípios como a capital Rio Branco, e a cidade de Cruzeiro do Sul, uma das maiores do Estado, por conta da cheia do Rio Acre. Na última quarta-feira (17) Rio Branco decretou situação de emergência. 

Dengue

Justamente a cheia e possibilita mais água parada, contribui para o aumento de outro grande problema, a dengue. De acordo com Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), até de fevereiro, o estado já havia contabilizado um total de 8,6 mil casos suspeitos da doença, em um período de menos de dois meses.

Comparando ao mesmo período do ano passado o aumento nas notificações de casos de dengue, que é quando ainda não confirmação, é de 123%, ou seja, mais do que o dobro. Em 2021, até 6 de fevereiro já haviam sido confirmados 1.552 casos, 1.721 foram descartados e outros 5.353 em investigação.

Da redação – Manaus Alerta