O prefeito de Manaus, David Almeida, anunciou que nos próximos dias, participará de uma comitiva formada por membros da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), que visitará a sede do laboratório União Química, em São Paulo (SP), para conhecer o processo de fabricação da vacina contra a Covid-19, Sputnik V, de origem russa. Essa será uma etapa importante no processo de negociação entre o consórcio formado por diversos municípios e a representante do imunizante no Brasil.
David Almeida aproveitou a ocasião para entregar ao vereador Marcelo Serafim, líder do governo na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o Projeto de Lei (PL) que autoriza a entrada do município no consórcio formado por membros da FNP. Ele salientou a necessidade de uma rápida aprovação pelos vereadores, já que o prazo limite para finalizar o cadastro no consórcio termina na próxima sexta-feira, 19.
“Precisamos dessa aprovação para iniciarmos as tratativas para a aquisição de vacinas pela FNP. Irei até São Paulo para visitar a fábrica da União Química, para que nós possamos ver a possibilidade de aquisição, caso não recebamos as vacinas pelo governo federal. A Frente Nacional formalizou o projeto, e entreguei à CMM”, informou Almeida.
Questionado sobre o andamento da imunização na capital do Amazonas, o prefeito citou que Manaus já ultrapassou 9% da população total vacinada. Para que isso fosse possível, ele fez questão de agradecer a colaboração do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e do assessor especial do ministério, Airton Cascavel, que buscaram socorrer o Estado, enviando uma cota de vacinas acima da estipulada originalmente para conter a segunda onda de novos casos.
Entretanto, David salientou que está buscando soluções, para adquirir doses suficientes para imunizar 100% da população. “Temos mais de 240 vacinas sendo fabricadas no mundo. Aqueles laboratórios com os quais o governo federal ainda não obteve sucesso na negociação das vacinas, estamos autorizados a negociar com eles. Vamos buscar essa solução, para que possamos colocar vacinas para todos. Acredito que a solução para a vacinação no Brasil é a produção nacional. Os países que têm produção estão bem à frente dos demais. Essa produção vai nos tirar desse sufoco. Não existe oferta de vacina no mercado internacional”, concluiu.