Daniel Alves: juíza diz haver ‘indícios suficientes’ de que jogador cometeu estupro

Daniel Alves
Daniel Alves

A juíza Anna Marín, do Juizado de Instrução 15 de Barcelona, escreveu no despacho que motivou a prisão preventiva de Daniel Alves que “há indícios muito mais do que suficientes” para considerar que o jogador cometeu estupro contra a mulher de 23 anos que o acusa de agressão sexual. A magistrada deixou claro em sua avaliação que as investigações estão em fase inicial e, por isso, nada ainda é certo. As informações são do jornal espanhol El Periodico.


O caso teria ocorrido na madrugada do dia 30 para 31 de dezembro, na boate Sutton, em Barcelona. Em entrevista ao “Programa de Ana Rosa”, do canal Telecinco, o advogado do jogador, Cristóbal Martell, questionou alguns indícios, recolhidos pelos Mossos d’Esquadra (polícia catalã) e que foram usados na determinação da prisão do jogador brasileiro. Entre os elementos citados estão imagens de câmeras de segurança que entrariam em conflito com o depoimento da possível vítima.


As imagens mostrariam que Daniel Alves entrou no lavabo, onde teria ocorrido o estupro, dois minutos antes da vítima. Segundo a defesa, a mulher, depois de conversar com amigos e com um garçom, vai ao lavabo e entra, sem qualquer ajuda de Daniel Alves. A denunciante afirma que foi trancada no banheiro pelo jogador e agredida e estuprada. O circuito interno mostrou que os dois ficaram cerca de 15 minutos no mesmo banheiro. Material coletado encontrou vestígios de sêmen tanto internamente quanto no vestido da denunciante.

As alegações dos advogados do lateral-direito que defendeu o Brasil na Copa do Mundo do Catar ainda sustentam que seu cliente está diante de um cenário em que há espaço para questionar as provas, “não tão evidentes, contundentes e devastadoras” usadas como elementos utilizados no pedido de prisão. A defesa argumenta ainda que há dúvidas se o relato da vítima sobre o que aconteceu entre o casal no banheiro também poderia estar “adornado de elementos idênticos de distorção narrativa” e que as gravações desmentem “do modo mais radical o clima de terror e pavor” descrito pela mulher.

Daniel Alves está preso desde o dia 20 de janeiro, sem direito a fiança. O atleta de 39 anos está no Centro Penitenciário Brians 2, em Barcelona, e nega todas as acusações. Na segunda-feira, a defesa entrou com recurso na segunda-feira contra a prisão preventiva do ex-jogador do Barcelona. Em um documento de 24 páginas, a defesa alega que não há risco de fuga e pede que o atleta responda em liberdade. Foi sugerida a entrega do passaporte e até mesmo o uso de “pulseira telemática”, similar a uma tornozeleira eletrônica.

As informações são do Terra.