Trilhas, acampamentos e atividades de aventureiros em rios e cachoeiras, dentro de florestas, são algumas das atividades realizadas por exploradores e atletas nas regiões de área verde. Nestes ambientes é importante ter atenção redobrada e seguir os protocolos de segurança recomendados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM).
Uma das principais técnicas de sobrevivência na selva utilizadas pelos bombeiros e também por militares do Exército Brasileiro é a “Esaon”, sigla que representa as iniciais das palavras estacionar, sentar, alimentar, orientar e navegar.
Em casos de incidentes durante o trajeto, é necessário manter a calma e não entrar em desespero. O controle psicológico e emocional nestas situações é fundamental para que os perdidos se localizem, encontrem novamente o trajeto e voltem o mais rápido possível.
Para acelerar e facilitar com que a pessoa que se perdeu seja encontrada por equipes de busca e resgate, é fundamental que ele deixe pistas na direção que for percorrer dentro da floresta.
Entre os rastros estão as pegadas em trilhas, objetos pelo caminho, fogueiras, corte em árvores e quebra de galhos. O cabo Carlos Alves, que integra equipes de busca e resgate na selva, do Batalhão de Incêndios Florestais e Meio Ambiente (Bifma), do CBMAM, relata a importância destas pistas para o êxito das ações.
“Primeiramente, para que uma equipe de busca trabalhe com efetividade, tem que trabalhar com vestígios. Quanto mais vestígios eles encontrarem desse perdido, mais fácil será de encontrá-lo”, explica o cabo.
Equipamentos necessários
Entre os apetrechos indicados para a realização de atividades em áreas verdes estão o facão, isqueiro, cantil (equipamento que armazena água), lanterna, bússola e GPS.
Outro acessório de grande importância nestes locais é o apito, para que campistas, atletas e aventureiros possam se comunicar mesmo com a distância e limitações impostas nestes lugares.
O cabo Brenno Galvão, que também atua no Bifma, fala da importância de ter noções básicas e dos cuidados com a hidratação tanto antes quanto durante a realização de percursos nas florestas.
“Uma pessoa que vai entrar em ambientes de selva deve ter conhecimento do que está fazendo. É muito fácil se perder em um ambiente como esse. Tem que ter um repositor hidroeletrolítico por conta da perda de sais minerais”, disse.
Estes repositores servem para recuperar a quantidade ideal de água no corpo humano, perdida devido à transpiração durante atividades físicas intensas ou de longa duração.
Cuidado redobrado
Em relação a crianças e adolescentes que vão participar de alguma atividade em ambiente de floresta, os bombeiros indicam que estejam sempre acompanhados e supervisionados por adultos.
Independentemente da idade, durante movimentações em florestas, o Corpo de Bombeiros não recomenda que as pessoas entrem nesses locais desacompanhadas. Em grupos, não é aconselhável que os integrantes fiquem distanciados uns dos outros. Além do risco de se perder nestes locais, também há a ameaça de animais selvagens e peçonhentos que possam, por extinto ou defesa, atacar.
Com informações da assessoria