O artista indonésio Arnold Putra, envolvido na ‘Operação Plastina’, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira (23), responsável por comprar uma mão e três placentas humanas do professor da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), tem registros de sua vinda para a Amazônia nas redes sociais.
Na publicação que foi postada em 2016, Arnold afirma que está em Vale do Javari e aparece ao lado de índios dando um relógio para eles. Na legenda, ele afirma que o acessório é falso, mas que enganou os indígenas dizendo que a peça custa $3,5 milhões.
Ainda em sua página do Instagram, o artista aparece em diversas fotos pelo mundo trocando presentes falsos pelas ‘experiências’ de cada país. Em alguns ele aparece com animais mortos e outros em rituais que envolviam corpos humanos.
Putra é famoso e polêmico por participar de vários eventos de moda. Ele chegou a apresentar uma bolsa, vendida por U$ 5 mil, feita com espinha infantil. Nas redes sociais ele também mostrava peças feitas com animais mortos e falava abertamente sobre órgãos humanos usados em suas confecções.
Após a repercussão do caso, suas redes sociais foram trancadas.
Investigação
A Polícia Federal deflagrou teça (22) a ‘Operação Plastina’, para investigar a possível prática do crime de tráfico internacional de órgãos humanos entre um professor da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e o artista Arnold Putra. Segundo as investigações, o suspeito enviou órgãos humanos plastinados para Cingapura.
Há indícios de que foi postada uma encomenda, contendo uma mão e três placentas de origem humanas, cujo destinatário é o famoso designer indonésio.
A plastinação, que dá o nome da operação, é um procedimento técnico e moderno de preservação de matéria biológica. Ele consiste basicamente em extrair os líquidos corporais (água e soluções fixadoras) e os lipídios, através de métodos químicos, substituindo-os por resinas plásticas, como silicone, poliéster e epóxi, resultando em tecidos secos, inodoros e duráveis.
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