Confiança dos brasileiros na ciência é maior do que a média global

O estudo realizado pela multinacional 3M com 17 mil pessoas de 17 países das Américas, Europa, Ásia e Oceania, mostra que se tem um lugar no mundo onde credibilidade dos cientistas está em alta, é no Brasil.

Batizada de State of Science Index (Índice do Estado da Ciência), o levantamento traz que, por aqui, 92% dos entrevistados brasileiros confiam na ciência e 90% nos cientistas, enquanto a média nos demais países é de 86%.

Para 87% dos brasileiros entrevistados, não há consequências negativas quando se valoriza a ciência e a produção científica. Pelo contrário: 71% dos entrevistados disseram que, se as pessoas não puderem confiar nas notícias sobre ciência, haverá mais crises de saúde pública. Outros 59% disseram que haverá mais divisão na sociedade e 56% apontaram o aumento na gravidade dos efeitos das mudanças climáticas.

“Os dados do Brasil nesta edição da SOSI apontam que 92% confiam na ciência, independentemente da classe social, idade, gênero e conhecimento técnico prévio, algo que nos surpreendeu positivamente. Isso nos mostra que os brasileiros perceberam que o trabalho dos cientistas impacta positivamente no nosso dia a dia, e esperamos seguir contribuindo para esta percepção”, diz Paulo Gandolfi, diretor do departamento de pesquisa e desenvolvimento da 3M e responsável pela pesquisa na América Latina.

No Brasil, 1.000 pessoas com mais de 18 anos participaram da pesquisa, que foi realizada online e presencialmente entre os meses de setembro e dezembro de 2021.

“Este é o sexto levantamento realizado globalmente pela 3M e mostra que população em geral enxerga a ciência e a tecnologia como impulsionadores da qualidade de vida da humanidade”, afirma Paulo Gandolfi, diretor do departamento de pesquisa e desenvolvimento da 3M e responsável pela pesquisa na América Latina.

Talvez por isso 59% dos entrevistados brasileiros queiram que a ciência resolva questões ligadas à qualidade da água e saneamento, enquanto 56% querem que ela ajude com o acesso igualitário à saúde de qualidade, 55% com a qualidade do ar e da fome e 52% contra os efeitos da mudança climática. Globalmente, porém, a crença de que a ciência pode ajudar nas questões climáticas é maior, de 58%. Por outro lado, o mundo é menos crente (40%) na ajuda da ciência ao combate à fome.

As informações são do IG